Herdeiro de gigante dos cosméticos, Leonard Lauder morre aos 92 anos

Morreu no sábado (14.jun.2025) Leonard Lauder, herdeiro da gigante de cosméticos Estée Lauder, aos 92 anos. A morte do responsável por transformar a empresa em uma das principais fabricantes do setor no mundo foi confirmada em comunicado da empresa.

Lauder permaneceu por quase 40 anos à frente da Estée Lauder, fundada por seus pais, Estée e Joseph. Quando entrou na empresa da família, em 1958, o faturamento anual era de US$ 800 mil. Ele deixou o cargo de presidente do conselho em 2009, ano em que a receita superou US$ 7,3 bilhões.

Em 1995, abriu o capital da empresa, fazendo com que as ações subissem 33% só no 1º dia. Durante seu período no comando da Estée Lauder, foi responsável pelo lançamento ou aquisição de marcas como Clinique, Aveda, MAC Cosmetics, Tom Ford Beauty, Bobbi Brown, Jo Malone London e La Mer.

Lauder possuía mais de 80 milhões de ações da empresa. Em março de 2023, sua fortuna era estimada em US$ 26,2 bilhões, de acordo com o Índice de Bilionários da Bloomberg. Em junho de 2025, uma queda prolongada no valor das ações da Estée Lauder fez com que ele perdesse parte de seu patrimônio, que era estimado em US$ 15,6 bilhões.

Ao longo de sua vida, meu pai trabalhou incansavelmente para construir e transformar a indústria da beleza, sendo pioneiro em muitas das inovações, tendências e melhores práticas que são fundamentais para a indústria hoje“, disse William Lauder, filho de Leonard  presidente do conselho diretor da empresa.

Acima de tudo, meu pai era um homem que praticava gentileza com todos que conhecia. Seu impacto foi enorme. Ele acreditava que os funcionários eram o coração e a alma de nossa empresa, e eles o adoravam e adoravam os momentos passados com ele. Seu carinho e consideração deixaram uma marca em nossa empresa, na indústria e, é claro, em nossa família. Junto com minha família, The Estée Lauder Companies e as inúmeras pessoas que ele tocou, celebramos sua vida extraordinária”, completou.

Um dos ideais que Lauder defendia era de que as vendas de batom funcionavam como um indicador anticíclico da economia. Para ele, as mulheres decidem comprar cosméticos mais acessíveis quando não podem comprar outros itens de luxo mais caros, como roupas.