As folhas da jiboia começaram a amarelar e você não faz ideia do motivo? Pode acreditar: isso é mais comum do que parece e, muitas vezes, o problema está onde menos se espera — na iluminação. Muita gente associa esse tipo de coloração a pragas ou falta de água, mas a verdade é que a luz (ou melhor, a falta dela) costuma ser o principal gatilho para esse tipo de sinal nas plantas cultivadas dentro de casa. Entender essa relação é o primeiro passo para evitar que a planta enfraqueça e perca seu charme tropical. A seguir, explicamos o porquê e mostramos duas soluções simples que fazem a diferença de verdade.
Jiboia com folhas amareladas: pode ser falta de luz, sim
A jiboia (Epipremnum pinnatum), também conhecida como pothos, é uma planta tropical extremamente resistente. Ainda assim, ela envia sinais bem claros quando algo não vai bem — e as folhas amareladas são um deles. Quando exposta a ambientes escuros por tempo prolongado, a jiboia perde sua vitalidade e começa a “reciclar” nutrientes das folhas mais velhas, que acabam ficando amareladas e caem. Isso acontece porque a planta precisa priorizar recursos para sobreviver com menos fotossíntese.
Esse amarelamento geralmente começa pelas folhas mais baixas ou internas do vaso. Ao mesmo tempo, o crescimento dos caules pode ficar mais espaçado e os galhos mais finos e compridos — um comportamento típico de plantas que estão “esticando” para alcançar a luz. Por isso, antes de sair adubando ou regando demais, avalie a iluminação do ambiente.
Como ajustar a posição da jiboia na casa
Uma das soluções mais simples — e eficazes — é realocar sua jiboia para um ponto mais iluminado da casa, sem luz solar direta. Essa planta se dá muito bem com luminosidade indireta intensa, como aquela que entra por janelas voltadas para o leste ou norte, por exemplo. Se a sua jiboia está em um banheiro escuro, corredor ou canto distante de janelas, vale a pena trocar de lugar.
Dica prática: observe a sombra projetada durante o dia. Se for tênue demais ou quase imperceptível, é sinal de que a luminosidade está abaixo do ideal. O novo local deve permitir que você leia um livro sem precisar acender a luz durante o dia — esse é um bom parâmetro para a quantidade de luz que a jiboia precisa.
Como usar luz artificial para ajudar a planta
Se mudar a planta de lugar não for uma opção — seja por estética, espaço ou falta de janelas —, a segunda solução é apostar em luz artificial. As lâmpadas de LED brancas com alta intensidade ou as luzes específicas para cultivo indoor são excelentes aliadas. Um refletor de 15W a 30W, posicionado a cerca de 50 cm da planta, já é suficiente para suprir parte da necessidade luminosa da jiboia.
O ideal é manter essa luz ligada de 8 a 12 horas por dia. E o melhor? Ela pode ser controlada com um timer, o que garante regularidade mesmo quando você não estiver em casa. Isso não substitui a luz natural, mas ajuda — e muito — a manter a saúde da planta em ambientes escuros, como escritórios ou banheiros sem janelas.
Cuidado para não confundir com excesso de água
Um erro comum é pensar que toda folha amarela significa sede ou, pior, que é preciso regar mais. O excesso de água, na verdade, pode agravar o quadro. Quando a jiboia está em ambiente com pouca luz, o solo tende a secar mais devagar — e aí o risco de encharcamento e podridão de raiz aumenta. Se a planta está em local escuro e ainda recebe água frequente, o resultado pode ser fatal.
Toque o solo com o dedo: só regue se estiver seco até pelo menos dois dedos de profundidade. Caso perceba cheiro forte ou raízes escuras, é sinal de que o excesso já causou danos e talvez seja necessário trocar o substrato.
Substrato e drenagem fazem diferença
Além da luz, outro fator que interfere diretamente na saúde das folhas da jiboia é o substrato. Ele precisa ser leve, com boa drenagem e capaz de manter certa umidade sem ficar encharcado. Misturas com terra vegetal, perlita e fibra de coco funcionam muito bem para essa espécie. Evite vasos sem furos ou cachepôs com água acumulada no fundo — isso contribui para a umidade constante e acelera o amarelamento.
Também vale lembrar que, em ambientes com ar-condicionado ou pouca ventilação, o solo pode demorar ainda mais para secar. Uma boa dica é usar um palito de churrasco para checar a umidade: se sair limpo, a planta pode ser regada; se sair úmido, melhor esperar.
A coloração da folha também revela o problema
Nem todo amarelado é igual. Folhas que amarelam com pontas secas e crocantes indicam baixa umidade do ar. Já folhas amarelas com manchas marrons podem sugerir fungos ou queimaduras — nesses casos, a iluminação até pode estar boa, mas a rega incorreta e o ambiente abafado comprometem a planta. Por isso, o contexto importa. A análise do padrão de amarelamento ajuda a identificar a causa com mais precisão.
Pequenas mudanças, grandes resultados
A beleza da jiboia está na sua rusticidade e capacidade de se adaptar. Por isso, é recompensador ver como mudanças simples, como posicionar melhor a planta ou instalar uma luz artificial, podem fazer diferença imediata no tom das folhas e no vigor da planta. A planta responde rápido quando está feliz: em poucos dias, novos brotos surgem e as folhas voltam a exibir aquele verde vibrante com manchas douradas que a tornam tão admirada em ambientes internos.
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