Líder garimpeiro do Pará foi monitorado pela “Abin paralela”

José Altino Machado (à direita) participou de reuniões com o vice-presidente Hamilton Mourão (de costas, à esquerda) entre 2019 e 2021.Foto: Rogério Cunha/Vice PR

O relatório da Polícia Federal tornado público nesta quarta-feira (18), pelo Ministro Alexandre Moraes mostra que a “Abin paralela” durante o governo Bolsonaro — com a utilização da Agência Brasileira de Inteligência para monitoramento ilegal – monitorou opositores, padres, jornalistas e também aliados ao ex-presidente.

Um deles foi José Altino Machado, diretor da Associação dos Moradores do Alto Tapajós (Amot) e fundador da União Sindical dos Garimpeiros da Amazônia Legal (Usagal). Altino é conhecido no mundo garimpeiro como um das suas principais lideranças e um dos pioneiros na instalação de garimpos na área em que hoje existe a Terra Indígena Yanomami, entre os anos 1970 e 1980.

Em 2022, Altino foi candidato suplente ao Senado pelo PL, partido de Bolsonaro. Na área da motivação/contexto do monitoramento, o relatório aponta as siglas “RR FEV”, possivelmente, relacionada à operação de desintrusão da Terra Yanomami, em Roraima, que ocorreu em fevereiro de 2023. Ele acompanhou todo o processo e garantiu que não haveria conflito com as forças militares que estavam no local. Por último, aparecem as ferramentas de monitoramento utilizadas, neste caso, além de documentos, o “First Mile”, tecnologia de espionagem que monitora a localização de celulares.

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