Vereadora Vivi Reis (PSOL) fala sobre a situação de insegurança dos servidores do PSM da 14 de Março – Foto: reprodução/CMB
Servidores do Hospital Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti – o PSM da 14 de Março – ocuparam a Galeria do Povo da Câmara Municipal de Belém, na manhã desta quarta-feira (18) para acompanhar a sessão legislativa. Com faixas e cartazes, eles foram chamar a atenção dos vereadores para a luta contra a privatização do hospital.
Durante a sessão, a vereadora Vivi Reis (PSOL) falou sobre a situação de insegurança dos servidores e apresentou requerimento de informações à gestão municipal sobre a situação de reforma do Pronto Socorro Municipal.
No documento a vereadora pergunta, entre outros pontos, se existe estudo de impacto sobre as consequências da reforma nas atividades do hospital, qual o plano de ação, cronograma ou planejamento de fechamento, reforma ou realocação de serviços durante a obra e como será organizado o processo de realocação dos servidores públicos municipais durante o período da reforma.
“É importante que a gente possa acompanhar de perto a Reforma do PSM da 14 de Março. Precisamos saber qual será o destino dos trabalhadores e trabalhadoras que se dedicam ao atendimento no Pronto Socorro. Normando em relação à saúde pública municipal”, diz a vereadora Vivi Reis, acrescentando que o problema não é a reforma em si, mas a ausência de transparência na condução deste processo. “Queremos informações reais, especialmente sobre as medidas que serão adotadas para reduzir o impacto tanto no atendimento à população quanto nas condições de trabalho dos profissionais do PSM, além da garantia das suas gratificações, como o HPS”, explica.
Os trabalhadores estão mobilizados e seguem denunciando a proposta de privatização do Pronto Socorro da 14 de Março, além de se posicionarem contra a falta de transparência nas ações do prefeito Igor Normando.
Uma das técnicas de enfermagem que participou da mobilização na Câmara Municipal nesta quarta-feira conta que no começo deste mês os servidores foram recebidos no Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e informados que o PSM será reformado para ser administrado por uma Organização Social (OS) privada e os servidores serão remanejados para Unidades Básicas de Saúde no município.
Há 35 anos trabalhando no Pronto Socorro Municipal, a técnica de enfermagem explica que o processo de privatização, via OS, será prejudicial não só para os servidores, mas para a população. “O prédio precisa de reforma, mas não como eles estão fazendo. Estão terminando de sucatear o Pronto Socorro, não dando insumos pra gente trabalhar, para que a população pense que ele realmente precisa ser privatizado. E a gente sabe que se entregar para uma OS, o hospital não vai ser aberto como é hoje. O PSM atende pacientes de todo Pará e de outros estados também, além das referências de Belém. Nós temos 28 especialidades hoje lá. Tem neuro, otorrino, cirurgia geral, torácico, traumatologia, tudo funcionando 24 horas. E numa OS não é assim, elas visam o lucro, não quer paciente de longa permanência. Temos renais crônicos no PSM porque as clínicas não querem esse paciente de alto custo”, diz.
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