Um homem de 56 anos foi preso pela Polícia Civil do Pará (PCPA) em Redenção, no sudoeste paraense, acusado de integrar uma rede criminosa de exploração sexual. Segundo as investigações, o suspeito atraía mulheres do estado de Mato Grosso com falsas promessas de emprego como cozinheiras em um garimpo, oferecendo salários semanais de até R$ 5 mil. Ao chegarem ao local, as vítimas eram forçadas a se prostituir para garimpeiros.
O crime ocorreu no garimpo Maria Bonita, localizado em Cumaru do Norte, no sudeste do Pará. De acordo com a PCPA, o homem era proprietário do imóvel utilizado como prostíbulo e impunha às mulheres condições degradantes, submetendo-as a agressões físicas, violência psicológica e ameaças constantes. Para deixarem o local, as vítimas eram obrigadas a pagar valores exorbitantes, como se estivessem em dívida com o aliciador.
A investigação teve início após denúncias das vítimas na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá (MT). Com base nos relatos, o Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (TJMT) expediu um mandado de prisão preventiva contra o suspeito, que estava foragido. A captura ocorreu após uma ação conjunta entre as polícias civis do Mato Grosso e do Pará.
Participaram da operação a Delegacia da Mulher de Cuiabá, o Núcleo de Inteligência da Delegacia Regional de Vila Rica (MT), a Delegacia de Confresa (MT) e a Delegacia de Homicídios de Redenção (PA). O preso foi encaminhado à Unidade de Custódia e Reinserção (UCR) de Redenção, onde permanece à disposição da Justiça.
Ele responderá por diversos crimes, incluindo favorecimento da prostituição, exploração sexual, rufianismo, ameaça, estupro e lesão corporal. Outro envolvido no esquema já foi identificado e é considerado foragido.
O caso revela a gravidade da exploração sexual nos garimpos ilegais da Amazônia e reforça a importância da atuação integrada entre os estados para combater crimes contra a dignidade humana, especialmente em regiões de difícil acesso. As investigações seguem para localizar demais envolvidos e garantir justiça às vítimas.
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