Dólar e petróleo caem após ataque dos EUA ao Irã

O dólar fechou em queda de 0,40% nesta 2ª feira (23.jun.2023), cotado a R$ 5,503. É o 1º pregão da moeda no Brasil desde que os Estados Unidos atacaram o Irã no fim de semana.

O petróleo também estava em baixa por volta de 17h. O barril do tipo brent foi cotado a US$ 70,3, baixa de 6,9%. Consideram-se os contratos futuros de setembro de 2025.

Um dos desdobramentos que mais impacta o petróleo é o impasse sobre o estreito de Ormuz, região marítima entre o Golfo de Omã e o Golfo Pérsico, que é via de transporte de 20% a 30% de todo o petróleo global. O Irã pode restringir o acesso à região (entenda mais abaixo).

Tanto o dólar quanto o barril brent oscilaram ao longo do dia. Começaram em alta, mas perderam força durante a tarde.

EUA ATACAM IRÃ

Ao menos 6 bombardeiros B-2 dos Estados Unidos atacaram estruturas nucleares do Irã no sábado (21.jun). Depois da ação militar, o presidente Donald Trump (republicano) afirmou que “Fordow já era”.

Fordow é uma base nuclear construída no início dos anos 2000 no interior de uma montanha no centro do Irã. A topografia protege o local, principalmente de ataques aéreos. Israel não tem os armamentos necessários para destruir essa instalação.

O IMPASSE DE ORMUZ

O Parlamento do Irã aprovou no domingo (22.jun) o fechamento do estreito de Ormuz. A área também é importante para o tráfego do GNL (gás natural liquefeito) do Qatar e dos Emirados Árabes.

Antes de ser posta em prática, a obstrução tem que passar pelo aval do líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei. Se avançar, a medida tem potencial de afetar de forma imediata toda a logística energética do planeta.

Trump pediu nesta 2ª feira (23.jun) que os “preços do petróleo se mantenham baixos” e criticou os possíveis aumentos provocados pelas tensões geopolíticas com o Irã.

“Eu estou de olho! Vocês estão fazendo um jogo direto nas mãos do inimigo. Não façam isso!”, escreveu Trump em seu perfil do Truth Social.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, pediu no domingo (22.jun) que a China use sua influência para impedir o fechamento pelo Irã do estreito de Ormuz.