Crise de hospedagem pode levar convenção da ONU a pedir para a COP 30 sair de Belém

 

A COP30, marcada para novembro em Belém, corre o risco de ser esvaziada ou até mesmo remanejada para outra cidade devido aos problemas de hospedagem, segundo informações do site de notícias Jota. Delegados reunidos em Bonn, na 62ª reunião dos Órgãos Subsidiários da ONU (SB62), com representantes de quase todas as regiões do mundo, demonstraram frustração com a falta de informações sobre acomodações e preços, alertando que, se a situação não for resolvida, a ONU pode pedir formalmente a mudança de sede. O governo brasileiro já investiu R$ 4,5 bilhões no evento.

Os valores das diárias em Belém estão até cinco vezes acima do teto da ONU (US$ 145), e há reclamações sobre regras rígidas de cancelamento. O governo tenta negociar com redes hoteleiras, mas, sem avanços, o Ministério da Justiça investiga possíveis abusos, comparando preços com os do Círio de Nazaré. Caso se comprove cobrança excessiva, multas e até fechamentos podem ocorrer — mas só após a COP30, o que não resolve o problema imediato.

Países africanos pressionam por subsídios para garantir a participação de nações mais pobres, enquanto o governo brasileiro promete oferecer 30 mil opções de hospedagem a preços acessíveis. No entanto, apenas 2.500 quartos devem ser disponibilizados em junho, muito abaixo do necessário. A demora nas soluções aumenta o temor de um fracasso logístico, como ocorreu na COP25 (transferida do Chile para a Espanha) e na COP26 (com críticas em Glasgow).

Enquanto isso, a falta de transparência e a escalada de reclamações ameaçam a credibilidade do evento. O governo insiste que resolverá a questão, mas, sem ações concretas, cresce o risco de a COP30 perder participantes ou mesmo ser realocada, prejudicando a imagem do Brasil no cenário internacional.

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