VÍDEO – Babá acusada de dopar bebê de 11 meses é presa em Outeiro; medicamentos e seringas apreendidos

A babá que dopou um bebê de 11 meses noite do dia 19 de junho, no bairro do Marco, foi presa no distrito de Outeiro na manhã desta quinta-feira (26).

A suspeita, identificada como Priscila Kelly Azevedo, de 40 anos, é técnica de enfermagem e teve sua prisão preventiva decretada nesta quarta-feira (25), pelo juiz Heyder Tavares.

A investigada responde por tentativa de homicídio qualificado e foi localizada escondida na casa de um familiar. Durante a operação “ELI”, deflagrada pela Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA), com apoio do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil (NIP), foi dado o cumprimento da ordem judicial, sendo apreendidos na residência da acusada em São Brás, medicamentos e seringas, que foram encaminhados à perícia técnica. Nenhum dos itens tinha prescrição médica ou justificativa para o uso de crianças.

Relembre o caso

Priscila Kelly foi flagrada por câmeras do circuito interno de segurança da casa dos pais da criança, quando forçava o bebê a ingerir os comprimidos. Segundo os responsáveis pela criança, o comportamento anormal do bebê, que apresentava sinais de sonolência excessiva, levantou a suspeita. Ao checar os pertences da funcionária, a família encontrou os medicamentos quetiapina e sertralina, usados em tratamentos psiquiátricos.

Os pais realizaram uma denúncia contra a babá na delegacia e após ser ouvida pela delegada de plantão, a babá foi liberada, o que gerou indignação nos familiares da vítima que levaram o caso à Justiça. A Polícia Civil do Pará abriu um processo disciplinar para apurar a conduta da delegada que decidiu pela liberação da babá.

Diante da repercussão e das evidências apresentadas, um novo delegado assumiu as investigações até que a prisão preventiva da suspeita fosse decretada. A criança passou por exames médicos e toxicológicos no Instituto Renato Chaves, com resultado previsto em 30 dias.

A mulher foi conduzida até a sede da DATA, em Belém, onde prestou depoimento em Auto de Qualificação e Interrogatório e permanece à disposição da Justiça. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) dará continuidade às investigações para apurar a dinâmica dos fatos e identificar eventuais outras vítimas.

Em nota, a família do bebê divulgou que está aliviada por ver que a justiça está sendo feita e que seguem acompanhando os próximos passos da investigação com esperança e confiança de que a verdade prevalecerá. Veja a nota na íntegra:

”Após ampla repercussão e diante da gravidade dos fatos, a Polícia Civil do Estado do Pará instaurou inquérito policial e vem conduzindo a investigação com celeridade. Na data de ontem, a prisão preventiva da técnica de enfermagem foi decretada pelo juíz Heyder Tavares, e foi cumprida na manhã de hoje pelas autoridades competentes. A família está aliviada por ver que a justiça está sendo feita. Agradecemos à Polícia Civil do Estado do Pará, em nome do delegado Theo Schüler, pelo comprometimento e pela seriedade com que o caso está sendo conduzido. Seguimos acompanhando os próximos passos da investigação com esperança e confiança de que a verdade prevalecerá”, finaliza a nota.

’Operação ELI”: o nome e o significado

O nome da operação, ELI, faz referência ao personagem bíblico que acolheu e criou o profeta Samuel, sendo símbolo de cuidado e responsabilidade com a infância. Segundo a polícia, o nome foi escolhido como forma de reafirmar o compromisso com a proteção das crianças e personalizar a resposta estatal diante de um crime de extrema gravidade.

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