O governo japonês executou Takahiro Shiraishi, conhecido como o “assassino do Twitter”, responsável pelo assassinato de nove pessoas em 2017, marcando a primeira execução no país desde 2022, segundo a BBC. Os crimes chocaram o Japão e geraram debates sobre a discussão de suicídio nas redes sociais.
Shiraishi, então com 30 anos, atraía suas vítimas, majoritariamente mulheres entre 15 e 26 anos, para seu apartamento em Zama, próximo a Tóquio, onde as estrangulava e desmembrava. Os assassinatos vieram à tona em outubro de 2017, quando a polícia encontrou partes de corpos, incluindo nove cabeças, em refrigeradores e caixas de ferramentas, apelidadas pela mídia japonesa como a “casa dos horrores”, conforme relatado pela BBC.
O assassino admitiu ter conhecido suas vítimas no Twitter (atual X), onde elas expressavam intenções suicidas. Seu perfil continha a mensagem: “Quero ajudar pessoas que estão realmente sofrendo. Por favor, me enviem uma mensagem direta a qualquer momento.” Shiraishi afirmava que ajudaria as vítimas a morrer, em alguns casos prometendo se matar junto, segundo a BBC.
Os promotores exigiram a pena de morte, enquanto a defesa de Shiraishi argumentava por “assassinato com consentimento”, alegando que as vítimas teriam permitido serem mortas, e solicitou uma avaliação mental. Shiraishi, no entanto, negou essa versão, admitindo que matou sem consentimento, conforme reportado pela BBC.
Em dezembro de 2020, Shiraishi foi condenado à morte em uma audiência com grande presença de público. O caso levou o Twitter a alterar suas políticas, proibindo a promoção ou encorajamento de suicídio e automutilação, segundo a BBC.
O ministro da Justiça japonês, Keisuke Suzuki, que ordenou a execução, afirmou que Shiraishi agiu por “razões egoístas” para satisfazer desejos sexuais e financeiros, causando “grande choque e ansiedade à sociedade”, conforme citado pela BBC via AFP. O pai de uma vítima de 25 anos expressou ao tribunal, em 2020, que nunca perdoaria Shiraishi, dizendo: “Mesmo agora, quando vejo uma mulher da idade da minha filha, eu a confundo com minha filha. Essa dor nunca vai embora. Devolvam ela para mim”, segundo a BBC, citando a NHK.
Os assassinatos geraram debates no Japão sobre plataformas que discutem suicídio, com o governo considerando novas leis na época, conforme reportado pela BBC.
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