Parlamentares que votaram “Não” foram contra a suspensão do imposto aos super-ricos; os que votaram “Sim”, foram favoráveis à suspensão. Foto: Reprodução TV Câmara.
A Câmara dos Deputados aprovou, por 383 votos a favor e 98 contra, a revogação do decreto do governo federal que aumentava a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), imposto que atingia os chamados super-ricos (empresários, financistas e outros bilionários). No Senado, a votação foi simbólica e contou apenas com votos contrários dos senadores petistas.
Dos 17 parlamentares do Pará, 14 alinharam-se ao Centrão e à bancada bolsonarista para derrubar a medida do governo Lula (PT). Apenas três votaram contra a proposta. Entre os nove integrantes da bancada do MDB, sob influência direta do governador Helder Barbalho (MDB), oito votaram contra o governo.
O governo Lula propôs o imposto aos super-ricos para compensar a perda de arrecadação com a isenção do Imposto de Renda (IRPF) para as pessoas que ganham até R$ 5 mil reais. Mas o Centrão e a extrema-direita querem que a compensação seja feita com cortes em recursos de políticas sociais, como saúde, educação, e Minha Casa, Minha Vida, afetando principalmente a população mais vulnerável e a que vive do trabalho.
Nesta sexta-feira (27), em evento no Tocantins, o presidente Lula defendeu a “justiça tributária”, em um discurso que reforçou a polarização política no tema.
“Eu governo esse país para todo mundo, mas eu tenho um lado, e o meu lado é o do povo trabalhador desse país, o meu lado são os professores desse país, o meu lado é o povo, o meu lado é a classe média desse país que é quem paga imposto de renda. É por isso que eles não gostam”, declarou.
Veja como votou cada deputado federal do Pará:
- Votam pela manutenção do importo aos super-ricos
Airton Faleiro (PT)
Dilvanda Faro (PT)
Elcione Barbalho (MDB)
- Votaram para suspender o imposto aos super-ricos
Andreia Siqueira (MDB)
Antônio Doido (MDB)
Delegado Caveira (PL)
Delegado Éder Mauro (PL)
Dra. Alessandra Haber (MDB)
Henderson Pinto (MDB)
Joaquim Passarinho (PL)
José Priante (MDB)
Júnior Ferrari (PSD)
Keniston Braga (MDB)
Olival Marques (MDB)
Pastor Claudio Mariano (União)
Raimundo Santos (PSD)
Renilce Nicodemos (MDB)
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