O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou neste domingo (29.jun.2025) o STF (Supremo Tribunal Federal) e classificou como “perseguição” a condução de processos na Corte contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele participou de ato na avenida Paulista, em São Paulo.
O congressista citou aliados que, segundo ele, estão impedidos de participar de manifestações no Brasil, entre eles a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Zambelli está foragida na Itália e tem um mandado de prisão determinado pelo ministro Alexandre de Moraes. Já Eduardo decidiu se mudar para os Estados Unidos e afirmou que só voltara ao Brasil quando Moraes for sancionado.
“Todos nós que estamos aqui hoje, pai [Jair Bolsonaro], [estamos] pelo Eduardo Bolsonaro, meu irmão, pelo Paulo Figueiredo, pelo Allan dos Santos, pelo Rodrigo Constantino, pela Ludmila, pela Carla e tantos outros que não podem ter o mínimo: conseguir vir a um ato democrático na avenida Paulista”, disse Flávio.
O senador afirmou que Bolsonaro não está enfrentando um julgamento, mas, sim, “uma inquisição”. O ex-presidente é réu no STF por tentativa de golpe de Estado em 2022. O processo está na fase das alegações finais.
Flávio criticou a Corte e disse que as decisões já estariam tomadas antes mesmo da conclusão dos processos. “Nós vamos aceitar um processo manipulado, com uma sentença que já está escrita muito antes do processo começar?”, questionou.
Ainda disse que as provas que existem contra Bolsonaro na ação penal servem para provar a sua inocência. “Não é que não há provas para culpar Bolsonaro. As provas mostram, pai, que você é inocente”, disse o senador.
Segundo Flávio, há celeridade para punir aliados do ex-presidente, enquanto outras irregularidades, como os descontos indevidos nas contas dos beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), no país não recebem a mesma atenção.
“Os aposentados do INSS são roubados e não tem 24 horas para eles devolverem o dinheiro. Os Correios estão sendo roubados. Até o seguro defeso está sendo roubado e nós não vemos celeridade na proporção do que acontece com quem pinta uma estátua de batom”, disse, em referência a Débora Rodrigues, que pichou a estátua “A Justiça” durante os atos extremistas de 8 de Janeiro e foi condenada a 14 anos de prisão.
O senador declarou que a atual disputa política no Brasil ultrapassa o eixo tradicional entre direita e esquerda. “Hoje, a polarização não é mais entre esquerda e direita. A polarização é entre a esquerda e o bom senso”, afirmou.
ATO DE BOLSONARO
A manifestação foi organizada e financiada pelo pastor Silas Malafaia. Teve como tema “Justiça já”. Segundo o religioso, o ato é uma reação ao julgamento de Bolsonaro no STF.
POLÍTICOS MARCAM PRESENÇA
Congressistas e governadores participaram do ato bolsonarista:
- Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de SP
- Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador pelo RJ
- Sóstenes Cavalcante (PL), deputado federal
- Nikolas Ferreira (PL–MG), deputado federal
- Zucco (PL-RS), deputado federal
- Gustavo Gayer (PL-GO), deputado federal
- Romeu Zema (Novo), governador de MG
- Carlos Portinho (PL-RJ), senador
- Rogério Marinho (PL-RN), senador
OUTROS ATOS DE BOLSONARO
Relembre abaixo os atos de Bolsonaro desde 2023:
- 8.mai.2025 – reuniu 4.000, em Brasília;
- 6.abr.2025 – reuniu 60.000 na av. Paulista, em SP;
- 16.mar.2025 – reuniu 26.000 em Copacabana, no Rio;
- 7.set.2024 – reuniu 58.000 na av. Paulista, em SP;
- 25.fev.2024 – reuniu de 300 mil a 350 mil na av. Paulista, em SP;
- 21.abr.2024 – reuniu de 40.000 a 45.000 em Copacabana, no Rio.