Hackers ligados ao Irã ameaçam vazar e-mails de aliados de Trump

Hackers vinculados ao Irã ameaçam divulgar e-mails roubados de pessoas próximas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano). O grupo, que usa o pseudônimo “Robert”, afirmou à Reuters na 2ª feira (30.jun.2025) que teve acesso a cerca de 100 gigabytes de mensagens eletrônicas.

Os e-mails incluem correspondências de:

  • Susie Wiles, chefe de Gabinete da Casa Branca;
  • Lindsey Halligan, advogada que representa Trump desde 2022;
  • Roger Stone, ex-assessor político de Trump;
  • Stormy Daniels, ex-atriz pornô que supostamente se envolveu com Trump.

Os invasores mencionaram a possibilidade de vender o material durante conversas online com a agência de notícias no domingo (29.jun) e na 2ª feira (30.jun). Segundo a Reuters, eles não forneceram detalhes sobre seus planos nem descreveram o conteúdo dos e-mails obtidos.

A ameaça surge depois de o grupo já ter distribuído um lote anterior de mensagens para a mídia, antes das eleições presidenciais de 2024. A agência de notícias autenticou parte desse material vazado anteriormente, incluindo um e-mail que parecia documentar um acordo financeiro entre Trump e advogados que representavam Robert F. Kennedy Jr., atual secretário de Saúde dos EUA.

A retomada das atividades do grupo se dá depois da “guerra dos  12 dias“, entre Israel e Irã, que culminou com bombardeios americanos a instalações nucleares iranianas.

Em setembro de 2024, o Departamento de Justiça dos EUA acusou a Guarda Revolucionária do Irã de comandar a operação dos hackers. Teerã negou o envolvimento. Em conversas com a Reuters, os invasores se recusaram a comentar a alegação.

Em resposta, a Cisa (Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura, na sigla em inglês) publicou nesta 3ª feira (1º.jul) em seu perfil no X (ex-Twitter): “Este suposto ‘ataque’ cibernético não é nada mais que propaganda digital, e os alvos não são coincidência. Esta é uma campanha de difamação calculada para prejudicar o presidente Trump e desacreditar servidores públicos honrados que servem nosso país com distinção”.