Sem inspiração, Remo empata com o Cuiabá, mas dorme no G4

O Remo recebeu o Cuiabá e o cenário da partida não se alterou em nenhum momento. O Leão dominou a partida, jogou o tempo todo no campo do adversário, mas a falta de inspiração dos paraenses era notória .O Azulino pecou muito no último passe, chegava na intermediária do adversário e começava os problemas: cruzou muito e infiltrou pouco e isso foi percebido palas raras oportunidades “reais” de gol.

Já o Cuiabá, conseguiu o que queria: o empate. O Dourado não jogou nada, não atacou nada, mas se defendeu como poucos. Os zagueiros Bruno Alves e Alan eram uma verdadeira muralha verde e amarela, por ali parecia que o jogo poderia ir até o outro dia que nenhum gol sairia. Com isso, o jogo não poderia ser diferente de um jogo sem gols.

Na briga para entrar no G4, Clube do Remo e Cuiabá se enfrentaram neste sábado, dia 5, às 16h (horário de Brasília), no estádio do Mangueirão, em Belém. O jogo foi válido pela 15ª rodada da Série B do Brasileiro.

O jogo começou muito truncado, de embate físico e faltoso. Mas o Remo dominava as ações da partida, tinha a posse de bola, mas não conseguia furar o sistema defensivo da equipe matogrossense. Já o Cuiabá só tinha uma arma: a saída de bola com Mateusinho que é um dos destaques da equipe.

O primeiro grande lance da partida surgiu aos 23 minutos: Após cobrança de escanteio, Luan cabeceou com força para o chão, mas o goleiro Mateus Pasinato fez uma defesaça e salvou o Cuiabá. A cabeçada do zagueiro azulino pareceu um chute de tão forte.

Depois disso o Remo cresceu na partida, não deixou o Cuiabá jogar futebol. A equipe de Guto Ferreira mal conseguia passar do meio de campo. Por outro lado, mesmo mandando no jogo e  jogando a maior parte do tempo na intermediária do adversário, o Leão pecava muito no último passe e não conseguia criar grandes chances de perigo de gol. Naquele momento o jogo estava chato.

Se não conseguia criar com a bola rolando, o Leão apareceu na bola parada. Em uma cobrança de falta quase perfeita, Sávio mandou a bola no ângulo, mas ela caprichosamente explodiu na forquilha. Desta vez, foi a trave que salvou o Cuiabá.

Depois desse lance foi o fim da primeira etapa. Foi uma etapa de amplo domínio do Clube do Remo que não deixou o adversário jogar. Mesmo com com a faca e o queijo na mão o Remo não conseguiu infiltrar na defesa do adversário e, quando foi perigoso e quase abriu o placar em duas oportunidades foi na bola parada. O arqueiro Mateus e a trave não deixaram o Cuiabá ir para o intervalo atrás do placar.  

O segundo tempo começou sem mudanças no panorama da partida. O Remo seguia dominando as ações, mas pecava no último passe, enquanto o Cuiabá apresentava apenas lampejos ofensivos, sem conseguir ameaçar a equipe paraense.

O Remo dominou as ações da partida, controlava a posse de bola e impedia o Cuiabá de desenvolver qualquer saída de jogo consistente. A equipe paraense foi mais presente no campo ofensivo, criou mais e teve maior volume de jogo, mas encontrou dificuldades na hora de transformar esse domínio em chances reais de gol. Mesmo superior em campo, o Leão não conseguiu traduzir sua vantagem em lances de real perigo, esbarrando na falta de precisão no terço final.

O Cuiabá encontrou enormes dificuldades para jogar, especialmente na saída de bola, marcada por erros e lentidão na transição ofensiva. Sem conseguir agredir a equipe do Remo em nenhum momento, o time mato-grossense limitou-se a se defender e demonstrou pouco apetite ofensivo, aparentando estar mais interessado em garantir o empate do que em buscar a vitória. A falta de criatividade e ambição ofensiva tornou o Dourado inofensivo ao longo de toda a partida.

O apito final decretou um empate sem gols entre Remo e Cuiabá, em um jogo que foi marcado pela falta de inspiração dos donos da casa e pelo desinteresse ofensivo dos visitantes. Apesar de ter o controle da partida, o Remo não conseguiu transformar a posse de bola em chances reais, foram mais de 30 cruzamentos inofensivos na área matogrosensse, esbarrando na própria falta de criatividade e precisão no último terço do campo. Do outro lado, o Cuiabá mostrou-se satisfeito com o empate desde o início, pouco se arriscando e sem apresentar qualquer ambição ofensiva. O 0 a 0 foi o reflexo fiel de uma partida de muito empenho, mas sem brilho.

Escalações:

Remo: Marcelo Rangel, Marcelinho, Klaus, Reynaldo(Kayke Almeida), Sávio, Luan, Pedro Castro(Pavani), Jaderson(Adaílton), Marrony(Viseu), Pedro Rocha e Janderson. Técnico: Antônio Oliveira.

Cuiabá: Mateus, Matheusinho, Bruno, Alan, Marcelo, Denilson, Lucas, Calebe, Max, Derik, Alisson(Edu Junior). Técnico: Guto Ferreira

Arbitragem:

  • Árbitro: Fabio Augusto Santos Sá Junior (SE);
  • Assistente 1: Daniel Vidal Pimentel (SE);
  • Assistente 2: Rodrigo Guimarães Pereira (SE);
  • Quarto árbitro: Alexandre Expedito Vieira da Silva Júnior (PA);
  • VAR: Elmo Alves Resende Cunha (GO);
  • AVAR: Helen Aparecida Gonçalves Silva Araújo (MG);
  • Observador VAR: Lúcio Ipojucan Ribeiro da Silva Mattos (PA);
  • Quality Manager: Fernando José de Castro Rodrigues (PA).

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