Polícia prende suspeitos e rastreia web após apedrejamentos de ônibus

A Polícia Civil já prendeu 3 suspeitos. Também deu início a um rastreamento na internet. Mas quase 1 mês depois de iniciados os ataques, ainda não sabe o que motiva uma série de apedrejamentos de ônibus em cidades da Grande São Paulo.

Até o início da noite desta 3ª feira (8.jul.2025), mais de 500 ônibus tinham sido alvo de pedras, em uma rotina que começou em 12 de junho. A PM paulista reforçou o patrulhamento na 5ª feira (3.jul), mas as investidas não pararam.

Por ora, a polícia trabalha com 3 linhas de investigação: sabotagem comercial por parte de empresas concorrentes; ação da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital); e desafios de internet, em que usuários da rede seriam incentivados a jogar pedra nos ônibus.

No sábado (5.jul), 2 homens foram presos em flagrante depois de danificarem coletivos na zona oeste e na zona sul da capital. No domingo (6.jul), um 3º suspeito –um adolescente filho de um motorista de ônibus– foi preso por atingir uma mulher no rosto. Ela fraturou ossos da face e quebrou o nariz. A polícia descartou ligação do pai com o incidente.

Além de São Paulo, a Artesp (Agência de Transporte do Estado) registrou ataques em Barueri, Carapicuíba, Cotia, Cubatão, Diadema, Embu das Artes, Guarujá, Itanhaém, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Mauá, Osasco, Praia Grande, Ribeirão Pires, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Paulo, São Vicente, Suzano e Taboão da Serra.

Para combater os apedrejamentos, a PM implementou a Operação Impacto – Proteção a Coletivos, que mobiliza cerca de 7.800 policiais e 3.600 viaturas em todo o Estado de São Paulo. Na 2ª feira (7.jul), já com a operação em curso, 59 ônibus foram atingidos na cidade de São Paulo, maior número desde o início dos ataques.