Eduardo teme que anistia desestimule Trump a sancionar Moraes

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem demonstrado a interlocutores que teme que a votação do PL da anistia (Projeto de Lei nº 2.858/2022) possa atrapalhar a aplicação de sanções pelo governo dos Estados Unidos ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse a aliados que a votação em favor dos condenados pelos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro pode desencorajar o presidente Donald Trump (Partido Republicano) a tomar medidas contra o ministro. As informações são do portal Metrópoles.

Segundo Eduardo, que vive nos EUA, o governo Trump pode suspender ou até desistir de sancionar Moraes. Para ele, seria preferível votar o projeto da anistia só depois que os EUA batessem o martelo a eventuais punições contra o ministro do STF.

O líder do PL na Câmara, o deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), iria pautar o projeto antes do recesso parlamentar, que tem início em 17 de julho.

Em abril, o partido de Bolsonaro protocolou o pedido de urgência para a tramitação da proposta. Naquele momento, o projeto teve o apoio de 264 deputados.

EDUARDO E STEVE BANNON

Nesta semana, o filho de Bolsonaro participou de uma entrevista com o ex-estrategista da Casa Branca e aliado de Trump Steve Bannon. Durante a conversa, Eduardo fez apelos para que os EUA não demorem em tomar ações contra Moraes.

Se os EUA e o governo Trump demorarem um pouco mais, o regime estará consolidado e será muito difícil aplicar essas sanções com algum efeito. Será como a Venezuela. Hoje, na Venezuela, se você aplicar sanções, isso não muda as coisas. No Brasil, nós ainda estamos em um momento em que a aplicação de sanções pode impedir que eles sejam tão agressivos contra seus oponentes políticos”, declarou.

Assista ao trecho da entrevista (5min16s):