A Câmara dos Deputados aprovou nesta 5ª feira (10.jul.2025) a MP (Medida Provisória) que reajusta em 9% os salários dos militares das Forças Armadas. O texto, aprovado por votação simbólica, em que não ha contagem de votos, segue ao Senado.
O texto precisa ser votado pelos senadores até 8 de agosto. Caso contrário, perde a validade.
A decisão beneficia todos os integrantes da ativa, da reserva e pensionistas militares. Segundo o governo, o reajuste vai custar R$ 3 bilhões aos cofres públicos em 2025 e R$ 5,3 bilhões em 2026.
O texto aprovado determina que metade do reajuste já está em vigor desde abril, e os 4,5% restantes passarão a valer em 1º de janeiro de 2026.
O impacto nas contas públicas com a implementação do reajuste está estimado em R$ 3 bilhões. A proposta resulta de negociações realizadas em 2024 entre o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Para os postos de menor patente, como recruta e soldado, a remuneração passou de R$ 1.078 para R$ 1.127 em abril. Este valor chegará a R$ 1.177 em janeiro de 2026, quando a segunda parcela do reajuste for aplicada.
Nos cargos mais elevados das Forças Armadas, como almirante de esquadra, general de exército e tenente-brigadeiro, o saldo aumentou de R$ 13.471 para R$ 14.077 em abril. O valor alcançará R$ 14.711 a partir de janeiro do próximo ano.
Os militares receberam o último reajuste em 2023. Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, houve uma reestruturação das carreiras militares que resultou em aumentos de gratificações que chegaram a 150%, segundo técnicos do governo. Esse reajuste anterior foi implementado em 4 parcelas a partir de 2020, como parte da reforma do sistema previdenciário das Forças Armadas.