EUA e China discutem tarifas em reunião na Malásia

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, se reuniu nesta 6ª feira (11.jul.2025) com o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi durante a cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático) em Kuala Lumpur, na Malásia. Encontro se deu diante das tensões causadas pelas novas tarifas norte-americanas a países asiáticos.

Na ocasião, Rubio classificou o encontro como “positivo e construtivo” e afirmou que há “grande chance” de uma reunião entre os presidentes dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), e o da China, Xi Jinping (Partido Comunista). As informações são da Reuters.

Rubio disse ainda que a conversa com Wang não foi uma negociação, mas um 1º passo para avançar no diálogo. Ambos os lados concordaram em manter o tom construtivo e em buscar cooperação, apesar das divergências.

Na reunião, Wang teria criticado duramente as tarifas norte-americanas, chamando-as de “abuso unilateral”. Também pediu aos países do sudeste asiático que resistam à pressão dos EUA. Ele alertou que os novos impostos afetam o livre comércio e ameaçam cadeias de suprimento globais.

Está é a 1ª viagem de Rubio à Ásia desde que assumiu o cargo, em janeiro. A visita visa a reforçar o foco dos EUA na região Indo-Pacífico. No entanto, foi ofuscada pelo anúncio de tarifas norte-americanas sobre importações de países asiáticos, incluindo Japão, Coreia do Sul, Malásia e China.

Na 2ª feira (11.jul), o governo do presidente Donald Trump anunciou novas tarifas a diversas nações asiáticas. As taxas são de 25% ao Japão e à Coreia do Sul, 20% à Malásia, 32% à Indonésia, 36% a Tailândia e Camboja e 40% a Mianmar e Laos.

Rubio na Ásia

O secretário de Estado dos EUA também se reuniu com líderes de Japão, Coreia do Sul e Rússia. Com o chanceler russo, Sergei Lavrov, discutiu possíveis caminhos para uma nova abordagem sobre a guerra na Ucrânia. Segundo Rubio, a conversa foi “construtiva”, mas ainda incerta.

Ministros da Asean expressaram preocupação com o aumento das tensões comerciais e defenderam um sistema multilateral mais transparente e justo. Sem citar os EUA, criticaram tarifas unilaterais por agravarem a fragmentação econômica global.