MP investiga PMs por execução de homem em Paraisópolis

O MPSP (Ministério Público de São Paulo) informou nesta 6ª feira (11.jul) que abriu uma investigação para investigar a morte de um morador de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, que aconteceu na 5ª feira (10.jul).

Segundo o MP, imagens das câmeras corporais mostram que houve execução. Os policiais envolvidos foram presos em flagrante. A Corregedoria da PM realizou as prisões ainda na noite de 5ª feira (10.jul).

O homem morto foi identificado como Igor Oliveira de Moraes Santos, 24 anos.

De acordo com o coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar de São Paulo, 2 policiais foram presos porque as câmeras mostraram que os tiros contra Igor foram feitos quando ele já estava rendido, com as mãos na cabeça.

Ele disse ainda, em entrevista coletiva, que a morte do jovem “não foi dentro de padrões que nós esperávamos” e que os policiais agiram com ilegalidade.

A morte ocorreu durante uma operação motivada por denúncia de tráfico de drogas na região.

Igor e outras 3 pessoas foram localizados após fugirem de policiais em uma rua da comunidade. Em mochilas, foram apreendidas porções de drogas, além de dinheiro e materiais para comércio ilícito, conforme Massera.

Além de Igor, a polícia informou que um sargento da tropa de elite da PM foi baleado e outro homem, Bruno Leite, morreu em troca de tiros com os agentes.

PROTESTO EM PARAISÓPOLIS

Paraisópolis é um bairro vizinho ao Morumbi, onde fica o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo.

A ação gerou revolta na comunidade. Pneus foram queimados, carros tombados e lojas atacadas na região. A Tropa de Choque da PM foi acionada para conter os atos e mais de 300 policiais foram mobilizados.

A PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça) designou o promotor Everton Zanella, do Tribunal do Júri, para acompanhar o caso.

Um inquérito policial militar também foi aberto para investigar os fatos. Segundo o porta-voz da PM, a corporação continuará as operações na região.