Revitalização do Mercado São Brás foi concluída em dezembro de 2024. Foto: Amarilis Mariza/Agência Belém
Após longo período de abandono, o histórico Mercado de São Brás, palco de acontecimentos históricos, foi oficialmente entregue à população, completamente reformado e requalificado pelo então prefeito Edmilson Rodrigues, em dezembro de 2024, com a presença do governo federal e do presidente da COP 30, em uma noite histórica e emocionante, marcada por celebrações culturais, que destacaram a importância do espaço para Belém. Com a reforma, o Mercado de São Brás renasceu como um símbolo de orgulho da cidade e um novo ponto de encontro para os moradores.
Mas passados sete meses de sua inauguração, e seis meses da atual gestão, Igor Normando (MDB) decidiu manter o espaço fechado, impedindo o acesso da população a um espaço que lhe pertence. “O que justifica, às vésperas da COP, os feirantes, os empreendedores, os donos de restaurante que venceram a licitação – não poderem trabalhar? Eles poderiam estar gerando emprego, recebendo turistas, promovendo atividades culturais”, questiona Edmilson, em entrevista a um jornal.
Igor tentou criar uma farsa, dizendo que o Novo Mercado de São Brás teria sido entregue “sem conclusão total”. Uma obra da dimensão que foi realizada, com investimento de mais de R$ 150 milhões de reais (fruto de parceria entre a Itaipu Binacional e o município de Belém), por óbvio, necessitaria de adequações às suas novas funcionalidades. Nada que impedisse que estivesse totalmente aberto ao público em um mês, no máximo, até o final do primeiro trimestre.
A verdade é que a nova gestão, por interesses não revelados, rompeu o contratado com a OS legalmente licitada para gerir o espaço. Há rumores de que Igor Normando pretenda manter o Mercado fechado enquanto prepara uma possível privatização do espaço – o que seria um descalabro absoluto depois do montante de recursos públicos investidos – e depois, reinaugurá-lo para reivindicar, sem nenhum trabalho ou esforço, essa obra como sua.
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