A região metropolitana de Belém tem potencial para ampliar sua malha de transporte público coletivo em 20 quilômetros até 2054, conforme aponta o Boletim nº 4 do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), elaborado pelo BNDES e o Ministério das Cidades. A expansão, por meio de BRT ou VLT, aumentaria a extensão atual de 30 km para 50 km e beneficiaria cerca de 581 mil passageiros por dia, quase o dobro dos 298,7 mil atendidos atualmente.
Com a implantação da chamada “Rede Futura”, o percentual da população da capital paraense vivendo a até 1 km de estações de transporte de média e alta capacidade (indicador PNT) subiria de 17,1% para 29%. Outro índice, o RTR, que mede a relação entre o tamanho da população e a extensão da rede, também melhoraria, passando de 13 para 18 (patamar próximo ao de cidades como Lisboa e Bogotá).
Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a ampliação da rede de transporte impacta diretamente a qualidade de vida das populações mais carentes e contribui para reduzir acidentes, emissões de poluentes e desigualdade de acesso a oportunidades urbanas. O ministro das Cidades, Jader Filho, defendeu que a iniciativa integra um “planejamento ordenado” com foco na eficiência e sustentabilidade.
Nacionalmente, o estudo prevê a expansão de 2.500 km de sistemas de TPC-MAC nas 21 maiores regiões metropolitanas do Brasil. Essa etapa do ENMU avaliou 400 projetos e identificou cerca de 200 com viabilidade para execução nos próximos 30 anos. Até agosto, será elaborado um banco de projetos com estimativas de investimento, custos e benefícios, para subsidiar o planejamento público de longo prazo.
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