Lula prepara resposta diplomática: governo deve enviar carta a Trump contra tarifas de 50%

Documento assinado por Alckmin e Mauro Vieira está pronto e aguarda aprovação final do presidente; Brasil busca reverter medida que ameaça exportações nacionais

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve enviar, nos próximos dias, uma carta oficial ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em resposta ao anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados ao mercado norte-americano. Segundo informações do portal g1, o texto já está finalizado e será assinado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, dependendo apenas do aval final de Lula.

Conteúdo e objetivo da carta

A carta será uma manifestação diplomática formal do governo brasileiro expressando preocupação com os impactos das tarifas impostas por Trump e solicitando revisão ou flexibilização da medida. O documento reforça o compromisso do Brasil com relações comerciais equilibradas e destaca os riscos que a taxação pode trazer para cadeias produtivas, empregos e o equilíbrio da balança comercial.

Fontes do Itamaraty revelam que o tom da carta será firme, porém diplomático, buscando reabrir o diálogo bilateral e evitar o agravamento de tensões comerciais entre os dois países.

Envolvimento de Alckmin e Vieira

O fato de o texto ser assinado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e pelo chanceler Mauro Vieira reforça o caráter estratégico e técnico da manifestação, unindo a diplomacia com a política comercial.

A iniciativa também demonstra que o Brasil pretende manter a interlocução institucional direta com os Estados Unidos, mesmo diante de medidas consideradas agressivas.

Reação do governo federal

A carta pode ser enviada ainda nesta semana, dependendo da aprovação formal de Lula

Caso não haja resposta dos EUA, o governo brasileiro já estuda acionar instâncias multilaterais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC)

Uma possível retaliação comercial proporcional também está sendo avaliada, dentro dos marcos legais da Lei de Reciprocidade Comercial