A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar o uso do lenacapavir, medicamento antirretroviral de ação prolongada, como opção de prevenção ao HIV. O remédio, administrado por injeção a cada seis meses, foi descrito pela entidade como uma medida com potencial para reformular a resposta global ao vírus, especialmente diante da estagnação nos esforços de combate.
Diferentemente dos tratamentos diários, o oferece uma alternativa de fácil adesão, o que, segundo a OMS, representa um avanço no enfrentamento das barreiras impostas pelo estigma e pela dificuldade de acesso a cuidados. A recomendação ocorre num “momento crítico”, em que 1,3 milhão de novos casos de HIV já foram registrados em 2024 e mais de 630 mil pessoas morreram de causas relacionadas à Aids.
Comercializado como Sunlenca, o fármaco está disponível em forma de comprimido e solução injetável. Nos Estados Unidos, foi aprovado em junho para uso semestral preventivo com o nome Yeztugo. Já na União Europeia, é empregado no tratamento de adultos com HIV resistente a outros medicamentos.
O alerta da OMS é acompanhado por preocupação com cortes no financiamento americano à prevenção e tratamento da doença. Segundo o Unaids, esses cortes podem resultar em mais seis milhões de novas infecções e quatro milhões de mortes até 2030. Atualmente, 40,8 milhões de pessoas vivem com Aids no mundo, 65% delas na África.
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