Em meio a debates sobre o futuro ambiental da maior floresta tropical do planeta, o governador do Pará, Helder Barbalho, afirmou que a região amazônica precisa estar no centro das decisões climáticas globais. O discurso foi feito durante a abertura da Semana do Clima da Amazônia, em Belém, reunindo autoridades, empresas, representantes da sociedade civil, povos indígenas e comunidades tradicionais.
“Temos o objetivo de consolidar Belém e a Amazônia como liderança na agenda das mudanças climáticas e nas pautas que envolvem o meio ambiente. Ao sediar a COP 30, desejamos afirmar que a discussão sobre clima deve acontecer aqui, na maior floresta tropical do mundo. A Semana do Clima posiciona Belém para valorizar nossa ciência, nossa biodiversidade e gerar empregos verdes, integrando desenvolvimento e sustentabilidade”, declarou Helder.
O evento serve como preparação para a COP 30, que será realizada em novembro, também na capital paraense. O governo aposta na construção de parcerias e em legados permanentes para a população amazônida a partir das discussões iniciadas agora. A programação inclui painéis sobre novas economias, turismo comunitário e bioeconomia.
Presente na abertura, o presidente da Hydro, Anderson Baranov, defendeu o papel do setor privado na transição energética e o fortalecimento de parcerias com o poder público.
“A Hydro é patrocinadora do evento porque acredita que o diálogo precisa gerar ação. Desde 2022, já investimos cerca de 14 bilhões de reais em transição energética, com mudanças importantes na matriz da Alunorte e uso de energia renovável, como biomassa do caroço do açaí. O governador tem incentivado a realização de eventos como este, e nosso objetivo é transformar a Semana do Clima em uma tradição anual”, afirmou.
Karla Braga, fundadora do Instituto Cojovem, ressaltou que trazer a pauta climática para dentro da Amazônia representa um passo histórico.
“As Semanas do Clima costumam anteceder as COPs e mobilizar a sociedade. Esta, em especial, é histórica: é a primeira vez que trazemos esse debate de forma tão forte para dentro do território amazônico. A Amazônia precisa ser vista como centro das soluções, mas também como lugar de escuta ativa, onde vivem as pessoas que sustentam a floresta”, disse.
Karla também destacou que as discussões sobre transição justa estão mais avançadas, e que o momento é propício para consolidar propostas de desenvolvimento sustentável que levem em conta a realidade dos territórios amazônicos.
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O post Pará quer protagonismo global no clima e defende legados duradouros para a Amazônia apareceu primeiro em Estado do Pará Online.