Um chamado silencioso feito na madrugada desta terça-feira (15), em Belém, foi o primeiro a ser atendido com o uso da nova ferramenta de geolocalização do CIOp. A vítima de um acidente na avenida Augusto Montenegro conseguiu acionar o 190, mas não conseguia se comunicar. Mesmo assim, graças ao GPS do celular, a central identificou o local exato e enviou uma viatura ao ponto da colisão.
O sistema faz parte da nova versão do Sinesp-CAD, implantado recentemente no Pará. A tecnologia permite localizar automaticamente a origem das chamadas de emergência, mesmo que a pessoa do outro lado da linha não fale. O estado é o segundo do Brasil a operar com essa atualização, que usa dados de latitude e longitude transmitidos pelo próprio celular.
“Essa nova ferramenta possibilita que os nossos atendentes possam identificar uma chamada de emergência, ainda que a vítima não consiga se comunicar direito, como foi no atendimento realizado nesta madrugada. A perspicácia do atendente na escuta, somado ao conhecimento da nova ferramenta, possibilitou que por meio de uma chamada automática do aparelho celular da vítima, mesmo ela não tendo condições de se comunicar, foi possível identificar o local do acidente por meio do GPS do celular e assim acionar o batalhão mais próximo do local do acidente e despachar uma viatura para prestar o atendimento necessário”, explicou o secretário de Segurança Pública, Ualame Machado. O veículo da vítima havia batido em uma mureta do BRT. Não houve feridos.
O Tenente-Coronel Felipe Aires, diretor do CIOp, afirmou que a novidade melhora significativamente o tempo de resposta. “Essa atualização do sistema nos dá mais agilidade. Os atendentes conseguem identificar exatamente onde a ligação foi feita. Além disso, ajuda a distinguir chamadas reais de trotes”, destacou.
Segundo ele, a qualificação da equipe foi fundamental para o sucesso da operação. Todas as informações geradas pelo aparelho celular da vítima foram registradas, o que possibilitou um atendimento rápido e seguro, reforçando o preparo dos profissionais que atuam 24 horas no CIOp.
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