Governistas pedem suspensão do mandato de Eduardo Bolsonaro

Deputados da base aliada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediram a suspensão do mandato do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O congressista está nos Estados Unidos desde 27 de fevereiro e pediu licença do cargo em 18 de março.

O requerimento, enviado à Mesa Diretora (íntegra – PDF – 375 kB), solicita o reconhecimento da “gravidade das condutas em prejuízo da nação brasileira”, conforme declarou o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) no X nesta 4ª feira (16.jul.2025). “Urgência na punição dos traidores do Brasil!”, escreveu.

No ofício, os governistas afirmam que Eduardo adotou “postura reiterada de hostilidade às instituições brasileiras”, especialmente ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao ministro Alexandre de Moraes. Também citam o tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump (republicanos), que seria resultado da “campanha” do congressista por sanções a autoridades nacionais.

Eduardo se licenciou da Câmara por 120 dias. O prazo termina no domingo (20.jul). Após essa data, para manter o mandato, ele não poderá faltar a mais de 1/3 das sessões.

O congressista, no entanto, declarou em maio que só pretende voltar ao Brasil quando o ministro Alexandre de Moraes for sancionado”.

Inquérito no STF

Em 26 de maio, Moraes abriu um inquérito contra Eduardo Bolsonaro a pedido da PGR (Procuradoria Geral da República), que solicitou investigação sobre a atuação do deputado licenciado nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.

Na decisão, o ministro determinou que a Polícia Federal monitore os conteúdos postados nas redes sociais do deputado e intime, no prazo de 10 dias, o congressista e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para prestar esclarecimentos.

Em 8 de julho, Moraes prorrogou o inquérito por mais 60 dias, atendendo a pedido da PF. “Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, com a realização de diligências ainda pendentes, prorrogo a presente investigação por mais 60 dias”, escreveu o magistrado.