Cade aprova operação que pode levar Tanure ao controle da Braskem

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) autorizou, sem restrições, uma operação que pode resultar na transferência de ações da Braskem detidas pela Novonor (antiga Odebrecht) para um fundo ligado ao empresário Nelson Tanure.

A decisão foi publicada nesta 5ª feira (17.jul.2025), mas ainda depende da observância de um prazo legal de 15 dias, período em que terceiros podem se manifestar ou o processo pode ser levado à análise do tribunal do conselho.

O pedido de aprovação foi protocolado em 7 de julho por representantes da Novonor e da Petroquímica Verde Fundo de Investimento em Participações, fundo de investimentos de Tanure. O empresário busca adquirir a fatia da petroquímica em posse da holding e, com isso, tornar-se controlador indireto da companhia.

Atualmente, a Novonor é dona de 38,3% do capital total da Braskem e 50,1% das ações ordinárias. Esses papéis estão sob controle fiduciário de instituições financeiras como Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Santander e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A Petrobras detém 47% das ações com direito a voto.

HISTÓRICO

Há cerca de 2 meses, as partes firmaram um acordo de exclusividade válido por 90 dias, condicionado à manifestação da Petrobras sobre o interesse no negócio.

Segundo a Braskem, a concretização da operação ainda depende do cumprimento de obrigações previstas no Acordo de Acionistas com a Petrobras e da conclusão de negociações com os bancos que detêm os direitos sobre as ações da Novonor.

Em comunicado ao mercado, a empresa afirmou que “não há garantias de que os eventos, tendências ou resultados esperados vão de fato ocorrer”.