O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, enviou na 5ª feira (16.jul.2025) um comunicado em que pede o fim de comentários sobre a imparcialidade, “justiça ou integridade” de eleições estrangeiras.
O documento, obtido pelo Wall Street Journal, orienta o Departamento de Estado –equivalente ao Itamaraty no Brasil– a comentar sobre um pleito só quando “houver um interesse claro e convincente da política externa dos EUA para fazê-lo”.
A exigência de Rubio é uma mudança significativa na política externa dos EUA quanto a eleições fora do país. Nos últimos anos, o Departamento de Estado se manifestou contra votações em que considerou haver “fraudes”. O caso mais recente foi na Venezuela, em 2024, onde os EUA alegaram que a reeleição de Nicolás Maduro foi fraudada.
O comunicado privará os EUA de comentários semelhantes sobre a “legitimidade” da eleição ou dos “valores democráticos do país em questão”. Segundo Rubio, o país passará a comentar sobre outras votações somente para parabenizar o vencedor.
“Os Estados Unidos se manterão firmes em seus próprios valores democráticos e celebrarão esses valores quando outros países escolherem um caminho semelhante”, afirmou o secretário.
A determinação atende a setores do Partido Republicano que defendem menor intervenção dos EUA em outros países. A ideia de “America first”, de Trump, se insere nessa lógica. Em discurso na Arábia Saudita em maio, o presidente prometeu que os EUA não entrariam mais nos assuntos de outros países e em como eles devem governar.