A Adagri (Agência de Defesa Agropecuária do Ceará) confirmou na 6ª feira (18.jul.2025) o 1º caso de influenza aviária de alta patogenicidade em aves domésticas no Estado.
O caso foi registrado em uma propriedade de subsistência no município de Quixeramobim, a 212 km de Fortaleza. A confirmação saiu na 5ª feira (17.jul.2025), depois de análise de amostras encaminhadas ao LFDA (Laboratório Federal de Defesa Agropecuária), em Campinas (SP).
As amostras haviam sido enviadas ao laboratório federal em 8 de julho. Os resultados positivos para o vírus H5N1 chegaram à Adagri na 5ª feira (17.jul.2025).
“A agência reforça que o consumo de carne de aves e ovos armazenados em casa ou em pontos de venda é seguro, já que a doença não é transmitida por meio do consumo. Portanto, a população pode se ficar assegurada de que não há nenhuma restrição quanto ao consumo”, disse a Adagri.
A agência estadual implementou na 6ª feira (18.jul.2025) as medidas previstas no Plano Nacional de Contingência para Influenza Aviária, coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. As ações incluíram a interdição da propriedade e a eutanásia das aves, conforme os protocolos sanitários definidos pelo plano federal.
O foco foi identificado em uma pequena criação para consumo familiar, sem vínculo com a produção comercial de aves no Ceará.
A Adagri realiza um levantamento em um raio de 10 km ao redor do local para investigar novos focos. A ação também busca identificar conexões com outras propriedades que possam representar risco de disseminação do vírus.
Este é o 1º caso confirmado em aves domésticas no Ceará. O Estado já havia investigado anteriormente uma suspeita em uma criação de subsistência em Salitre, que foi descartada após exames laboratoriais.
Desde a chegada do vírus H5N1 ao Brasil, em maio de 2023, cerca de 3.000 casos suspeitos de síndrome respiratória e nervosa em aves foram investigados em todo o país.
A Adagri não informou quantas aves foram afetadas na propriedade de Quixeramobim nem se há outros focos sob investigação na região.
O caso cearense foi detectado 2 meses depois do 1º foco de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil, registrado em maio de 2025, no Rio Grande do Sul.