Em Salinas, veranistas queixam-se de mau atendimento no hospital regional

Moradores de Salinópolis, municípios vizinhos, turistas e veranistas que buscam atendimento no Hospital Regional da cidade têm enfrentado longas filas, indignação e frustração. Em pleno mês de julho, auge da temporada de veraneio, o que deveria ser um dos serviços mais estruturados da região se transformou em um retrato do desleixo com a saúde pública.

A situação é crítica, segundo denúncias de veranistas ao Ver-o-Fato: há apenas um médico por plantão no hospital, o que tem resultado em esperas que chegam a 10 horas para um simples atendimento. Diante da negligência, muitos estão sendo forçados a procurar atendimento médico em cidades vizinhas, como Capanema e Castanhal, que, mesmo distantes, oferecem uma estrutura mais eficiente e humanizada.

A realidade atual contrasta fortemente com as promessas feitas pelo governador Helder Barbalho no ano passado. Na presença da secretária estadual de Saúde, Ivete Vaz, o chefe do Executivo estadual assegurou que o atendimento médico em Salinópolis passaria por melhorias significativas para receber com dignidade tanto a população local quanto os milhares de visitantes que lotam o balneário durante as férias.

No entanto, o que se vê em 2025 é um retrocesso. “Se o governador não sabia o que está ocorrendo, fica sabendo agora. O atendimento é caótico”, acusa um dos veranistas. “Faça algo por nós, governador, o senhor tem sensibilidade e não vai gostar disso. Dê uma incerta no hospital pra ver como está o atendimento ao público”, emenda outro em contato com o Ver-o-Fato

O caso de Salinas é emblemático não apenas por sua importância turística — sendo o balneário oceânico mais frequentado do estado e destino preferencial da elite política e econômica paraense. Em pleno veraneio, quando o fluxo de pessoas multiplica-se e o movimento econômico se intensifica, a cidade deveria estar preparada para atender com eficiência à demanda de saúde. No entanto, a negligência e a má gestão deixaram o sistema à beira do colapso.

Garantir um serviço de saúde digno em Salinópolis não é apenas uma necessidade local, mas um imperativo estratégico para o Estado. A ausência de assistência adequada compromete o bem-estar da população, desvaloriza o destino turístico e expõe a fragilidade de uma gestão que, ao invés de antecipar as demandas do veraneio, continua operando de forma reativa e improvisada.

O Ver-o-Fato tenta contato com a secretária de saúde, ainda sem sucesso. O espaço está aberto à manifestação dela.

The post Em Salinas, veranistas queixam-se de mau atendimento no hospital regional appeared first on Ver-o-Fato.