Presidente da CVM renuncia após 3 anos no cargo

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) anunciou na 6ª feira (18.jul.2025) que o presidente João Pedro Nascimento renunciou ao cargo depois de 3 anos à frente da autarquia. 

De acordo com o comunicado, a saída de Nascimento, que ficaria no cargo até julho de 2027, se deu por motivos pessoais.

A CVM agradece a João Pedro Nascimento pelo período em que esteve no comando da autarquia e deseja sucesso em seus futuros projetos”, comunicou o órgão acerca do presidente, que deu início ao seu mandato em 18 de julho de 2022.

Agora, caberá à Presidência da República indicar um novo presidente para a CVM. Otto Lobo, diretor mais antigo da autarquia, responderá interinamente pelas funções do presidente.

Nascimento disse em comunicado que, nos 3 anos de sua gestão, “abrimos as portas para que mais brasileiros pudessem participar dos frutos do crescimento de companhias abertas, fundos e demais veículos de investimento. Além disso, demonstramos como mais empreendedores podem encontrar no mercado de capitais uma alternativa viável e eficiente de financiamento”.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Nascimento disse que pretende dar espaço à vida acadêmica e dedicar-se à família. “É chegada a hora de eu voltar a ser professor, voltar a ser pai. Sempre falei que eu estou presidente, mas eu sou professor. Vou ser até bem velhinho, é o que me dá prazer”, afirmou.  Nascimento, que também é advogado, disse que pretende voltar a exercer a profissão, depois de cumprir a quarentena obrigatória.

Vinculada ao Ministério da Fazenda, a CVM é a autarquia do governo brasileiro responsável por regular, normatizar, fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil, como ações, debêntures e fundos de investimento. Sua atuação visa garantir a transparência, proteger os investidores e assegurar o bom funcionamento do mercado de capitais.

No balanço divulgado sobre a gestão de Nascimento, a autarquia afirmou que desde julho de 2022, foram editadas 70 novas resoluções. Só em 2024, foram publicadas 30, com o objetivo de “simplificar e desenvolver o mercado de capitais, sendo 9 normas contábeis e duas normas conjuntas com o Banco Central”. 

Segundo a CVM, o plano de ação do último mandato foi estruturado em 3 frentes: executiva, regulatória e desenvolvimentista, cada uma com iniciativas para aumentar a eficiência da atuação da autarquia.