Milhares de manifestantes tomaram as ruas de Brasília e de outras cidades do país, desde ontem, e na manhã deste domingo (20), em um ato batizado de Caminhada pela Liberdade, que teve como bandeiras centrais o pedido de anistia aos presos do 8 de janeiro, apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e críticas contundentes ao Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente ao ministro Alexandre de Moraes, além de Lula..
O protesto em Brasília foi convocado pelas parlamentares Damares Alves e Bia Kicis, ambas do PL do Distrito Federal, e mobilizou uma das faixas do Eixão Sul, no centro da capital.
A concentração começou em frente à sede do Banco Central e, por volta das 10h15, os manifestantes seguiram em marcha por cerca de um quilômetro até retornarem ao ponto de partida. O ato durou pouco mais de duas horas e terminou com orações, o canto do hino nacional e discursos inflamados de lideranças políticas. “Esse é apenas o primeiro de muitos eventos que virão. Deixem suas camisas prontas e as bandeiras nas janelas. Nós voltamos às ruas”, afirmou Damares Alves em um megafone.
Durante a manifestação, palavras de ordem como “Fora Moraes”, “A culpa é do Lula” e “Moraes ditador” ecoaram entre os participantes, que também entoaram gritos de apoio ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump — “Presidente Trump, contamos com você”. Muitos dos cartazes e faixas estavam escritos em inglês, com críticas ao STF e à imprensa, enquanto bandeiras dos Estados Unidos e de Israel eram agitadas pelo público.
Um dos momentos simbólicos do protesto foi a oração coletiva, conduzida por um dos organizadores, que classificou o atual cenário como uma “guerra espiritual”. O apelo ao Congresso Nacional para que interrompa o recesso e vote o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro foi um dos principais motes do ato.
O clima de tensão nas ruas reflete o agravamento da situação jurídica de Jair Bolsonaro, que, desde a última sexta-feira (18), passou a cumprir medidas cautelares impostas por Alexandre de Moraes, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de se aproximar de embaixadas e diplomatas.
O cenário também é atravessado por um impasse internacional: a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros anunciada por Donald Trump, que reacendeu a disputa de narrativas entre governo e oposição.
Enquanto aliados de Lula atribuem a crise à influência da família Bolsonaro junto à extrema-direita americana, os bolsonaristas responsabilizam o atual presidente pela deterioração das relações com os EUA.
Vídeo do ato em Brasília:
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