Governo intensifica vacinação na fronteira para conter sarampo

Diante do aumento expressivo dos casos de sarampo nas Américas, o Ministério da Saúde anunciou a intensificação da vacinação em cidades brasileiras localizadas na fronteira com países vizinhos, como a Bolívia, que atualmente enfrenta um surto da doença.

O Acre foi o 1º Estado a realizar o Dia D de vacinação, na 3ª feira (15.jul.2025). O objetivo é prevenir a reintrodução do sarampo no Brasil. Dos 22 municípios do Estado, 7 fazem fronteira com a Bolívia.

Segundo o governo brasileiro, a vacinação contra o sarampo está ativa em todo o país, com todos os Estados abastecidos com a vacina tríplice viral. Em 2025, mais de 12 milhões de doses já foram distribuídas, e 2,4 milhões aplicadas.

A mobilização no Acre conta com o apoio das gestões estadual e municipais e é conduzida por três frentes principais. Além da vacinação, o Ministério da Saúde e o Estado promovem seminários sobre sarampo focados na prevenção de casos.

Em 2024, o Brasil recebeu a recertificação de país livre do sarampo. Em 2016, o país já havia alcançado esse status; no entanto, em 2018, as baixas coberturas vacinais permitiram a reintrodução do vírus no país. No último ano, a cobertura da vacina tríplice viral ultrapassou a meta nacional de 95%.

CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO

Neste ano, o Brasil teve 5 casos isolados registrados, em Rio de Janeiro (2), São Paulo (1), Rio Grande do Sul (1) e Distrito Federal (1). Esses casos, por serem importados e isolados, não comprometem a recertificação. A vacinação é segura e eficaz contra o sarampo. Aderir é a principal forma de evitar a reintrodução do vírus no país.

Até 5 de julho, a OMS (Organização Mundial da Saúde) registrou 108 mil casos confirmados de sarampo no mundo. Na região das Américas, a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) confirmou 7.132 casos, com 13 mortes. Os números incluem 34 na Argentina, 34 em Belize, 60 na Bolívia, 5 casos isolados no Brasil, 3.170 no Canadá (com um óbito), 1 na Costa Rica, 1.227 nos Estados Unidos (com três mortes), 2.597 no México (com nove mortes) e 4 no Peru.


Com informações do Ministério da Saúde.