A Polícia Metropolitana de Londres prendeu no sábado (19.jul.2025) integrantes e simpatizantes do movimento Palestine Action durante um protesto nos arredores do Parlamento britânico, em Londres.
Uma decisão aprovada por parlamentares britânicos em 2 de julho proibiu as atividades do grupo e o equiparou, perante a lei britânica, a organizações como o Estado Islâmico e a Al Qaeda.
Segundo a corporação, 66 pessoas foram detidas por exibirem “faixas em apoio ao Palestine Action, grupo atualmente proibido”, na Praça do Parlamento, em frente à sede do Legislativo do Reino Unido.
Manifestações semelhantes também foram registradas no sábado em outras cidades britânicas, como Edimburgo (Escócia), Bristol (Inglaterra) e Manchester (Inglaterra). Segundo o movimento Defende our Juries, mais de 100 pessoas foram detidas no Reino Unido desde que a proibição do grupo entrou em vigor.
Os protestos foram organizados depois que o Parlamento britânico aprovou na 4ª feira (16.jul) uma resolução para considerar o Palestine Action uma organização “terrorista”.
O banimento do grupo entrou na pauta do Parlamento no final de junho, quando integrantes da organização invadiram uma base da Força Aérea Real em Brize Norton, em Oxfordshire, e vandalizaram 2 aviões usados pelo Exército inglês para reabastecimento e transporte.
Na ocasião, o Palestine Action alegou que as aeronaves seriam utilizadas para colaborar com a campanha militar de Israel em Gaza.
“Apesar de condenar publicamente o governo israelense, a Grã-Bretanha continua enviando carga militar, voando aviões espiões sobre Gaza e reabastecendo caças americanos e israelenses. A Grã-Bretanha não é apenas cúmplice, é uma participante ativa no genocídio de Gaza e nos crimes de guerra em todo o Oriente Médio”, disse o grupo em seu perfil no X (ex-Twitter).
A organização está na mira do governo britânico desde 2022, quando foi acusada de causar um prejuízo de milhões de libras depois de vandalizar instalações de uma empresa especializada em tecnologia e segurança.
O Palestine Action se apresenta como “uma organização pró-palestina que desestabiliza a indústria de armamentos no Reino Unido com ações diretas”. Afirma estar “comprometido em pôr fim à participação global no regime genocida e de apartheid de Israel”.
Desde sua fundação, em julho de 2020, o grupo organizou centenas de protestos em todo o Reino Unido com o objetivo de interromper operações de empresas que, segundo o movimento, lucram com operações militares de Israel. O principal foco da organização é a fabricante israelense de armas Elbit Systems.