O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba lamentou o “resultado duro” nas eleições realizadas neste domingo (20.jul.2025). Segundo a emissora pública NHK, a coalizão governista, formada pelo LDP e o partido Komeito, não conseguiu obter os 50 assentos necessários para garantir a maioria na casa legislativa, de 248 cadeiras.
Segundo prévias dos resultados divulgadas pelas emissoras locais, o partido do premiê teria conquistado de 41 a 43 assentos na Casa.
A derrota se dá em momento crítico para o Japão, 4ª maior economia mundial, que tem até 1º de agosto para fechar um acordo comercial com os Estados Unidos e evitar tarifas punitivas em seu principal mercado exportador. Esse resultado eleitoral representa um dos maiores desafios políticos enfrentados pelo partido, que domina a política japonesa há décadas.
Depois do fechamento das urnas, Ishiba disse à NHK que aceitava “solenemente” o “resultado severo”. Posteriormente, declarou à TV Tokyo que pretende continuar no governo e citou as negociações das tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump (republicano): “Estamos envolvidos em negociações tarifárias extremamente críticas com os Estados Unidos. Nunca devemos arruinar essas negociações. É apenas natural dedicar nossa completa dedicação e energia para realizar nossos interesses nacionais”.
Esse revés eleitoral agrava ainda mais a situação política de Ishiba, que já havia perdido o controle da Casa Baixa do Parlamento nas eleições de outubro de 2024, quando o LDP registrou seu pior desempenho em 15 anos.