A escalada de violência que assola o interior do Pará fez mais uma vítima na noite deste final de semana, no município de Uruará, no sudoeste do estado. Gean de Oliveira Souza, de apenas 26 anos, foi brutalmente executado a tiros em plena via pública, em frente à casa do irmão, onde conversava com familiares. A barbárie ocorreu por volta das 22h, na avenida Ângelo Debiase, no bairro Boa Esperança.
Segundo relatos publicados pelo portal Gazeta Real, dois homens em uma motocicleta Honda Fan, de cor preta, se aproximaram do local. O garupa desceu do veículo, caminhou friamente em direção ao grupo e disparou diversas vezes contra Gean, que foi atingido por pelo menos quatro tiros e morreu ainda no local, sem qualquer chance de defesa.
Após o ataque, os assassinos fugiram e ainda não foram identificados. A Polícia Militar esteve na cena do crime para isolar a área e evitar a contaminação de vestígios. A Polícia Civil iniciou os trabalhos investigativos para apurar a autoria e a motivação do homicídio.
Mais do que números, cada assassinato como o de Gean representa o colapso de qualquer sensação de segurança em dezenas de municípios paraenses. A crueldade com que esses crimes estão sendo cometidos — muitos deles à luz do dia ou diante de testemunhas — evidencia a ousadia de criminosos que não temem a Justiça, talvez porque ela, para eles, simplesmente não exista.
O caso de Uruará não é um ponto fora da curva. É parte de um padrão que vem se repetindo em todas as regiões do estado: jovens ceifados em crimes com características de execução, poucos resultados investigativos e uma população que vive refém do medo.
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