O primeiro semestre de 2025 registrou aumento no número de vítimas baleadas em disputas entre grupos armados na Região Metropolitana de Belém. É o que mostra o levantamento do Instituto Fogo Cruzado, que analisou os dados entre janeiro e junho deste ano.
Embora o número total de tiroteios tenha caído de 312 para 292, houve crescimento na violência letal em recortes específicos. Quase metade dos confrontos (48%) ocorreram durante ações policiais, 139 registros no semestre, alta de 9% em relação a 2024. Todas as quatro chacinas mapeadas aconteceram em ações do tipo, com 14 mortos, um aumento de 16%.
A Grande Belém também registrou três casos de tiroteios com mortes na comunidade quilombola do Cupuaçu, em Barcarena. Entre os municípios com maior número de vítimas, destacam-se Belém (91 mortos), Ananindeua (52) e Marituba (30). Em relação a faixas etárias, quatro idosos foram mortos, um crescimento de 33% em relação ao mesmo período do ano passado.
“A atuação policial nas periferias urbanas e em territórios de comunidades tradicionais segue sendo motivo de grande preocupação. O aumento das mortes em ações policiais, especialmente em comunidades quilombolas, mostra que o uso da força pelo Estado continua afetando de forma desproporcional populações já vulnerabilidades”, analisa Eryck Batalha, coordenador regional do Instituto Fogo Cruzado na Grande Belém.
A equipe de reportagem do Portal Ver-o-Fato entrou em contato com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.
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