Matou a irmã pra ficar com aposentadoria da mãe

Um episódio brutal de violência familiar chocou a população do município de Ingá, no Agreste da Paraíba, neste fim de semana. Luzinete Félix, de 49 anos, foi assassinada de forma brutal pelo próprio irmão, Cláudio Félix, de 52, após uma discussão violenta ocorrida no sábado (19). O motivo da briga, segundo as investigações iniciais da Polícia Civil, teria sido uma disputa relacionada à aposentadoria da mãe dos dois, uma senhora de 85 anos.

Luzinete, que residia no Rio de Janeiro, havia retornado recentemente à Paraíba para auxiliar nos cuidados da mãe. O reencontro familiar, porém, estava longe de ser harmonioso. A convivência se deteriorou rapidamente, sobretudo após suspeitas de que Cláudio estaria desviando ou se apropriando de maneira indevida dos recursos da aposentadoria da idosa.

No auge de uma discussão, Cláudio teria agredido a irmã com golpes de pá, provocando sua morte no local. Após o crime, ele fugiu, mas foi capturado pela Polícia Civil no domingo (20). Agora, ele está sob custódia e deverá responder por homicídio qualificado — crime que pode resultar em pena severa, dada a brutalidade e os agravantes envolvidos.

O corpo de Luzinete foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML), enquanto a polícia segue com as investigações para apurar todos os detalhes e confirmar se há outros envolvidos ou se houve premeditação.

A ambição que rompe laços de sangue

O assassinato de Luzinete Félix escancara uma das faces mais sombrias da natureza humana: a ambição cega, que não conhece limites e é capaz de romper até os vínculos mais profundos, como os de sangue. A disputa por dinheiro, especialmente quando ligada a benefícios de idosos vulneráveis, tem se tornado cada vez mais comum — e mais cruel.

Neste caso, tudo indica que Cláudio não apenas via a mãe como uma responsabilidade, mas como um ativo financeiro, um meio de lucro. A chegada da irmã, com uma postura possivelmente vigilante ou crítica, foi o estopim para uma tragédia que vinha sendo fermentada no silêncio dos ressentimentos familiares.

É um retrato perverso da inversão de valores que assola muitos lares: ao invés de união para cuidar de quem lhes deu a vida, o que se vê é egoísmo, ganância e violência.

Eis o colapso de um núcleo familiar, destruído pela cobiça. E, infelizmente, é um alerta para muitos outros casos semelhantes, muitas vezes invisíveis, que ainda não vieram à tona.

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