Defesa de Bolsonaro tem até as 21h13 para se explicar a Moraes

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) tem até as 21h13 desta 3ª feira (22.jul.2025) para dar explicações a Alexandre de Moraes sobre o descumprimento da proibição do uso de redes sociais, incluindo postagens de terceiros.

O veto da aparição em redes foi uma das restrições impostas ao ex-presidente na 6ª feira (18.jul) pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Outra foi o uso de tornozeleira eletrônica.

O prazo de 24 horas começou a contar às 21h13 de 2ª feira (21.jul) depois de o advogado Celso Villardi, um dos defensores de Bolsonaro, ser notificado, via WhatsApp, por um oficial de Justiça do STF.

A defesa de Bolsonaro afirma que ele não descumpriu a determinação. Os advogados enviaram pedidos de esclarecimentos ao STF. Com o recurso, o ex-presidente espera postergar o prazo.

Na tarde da 2ª feira (21.jul), Bolsonaro exibiu a tornozeleira eletrônica ao visitar a Câmara dos Deputados, e as imagens foram publicadas em diversos perfis nas redes sociais e de jornalistas.

Confira as medidas determinadas contra Bolsonaro:

  • Uso de tornozeleira eletrônica;
  • Recolhimento domiciliar noturno entre 19h e 6h, de segunda a sexta-feira, e integral nos fins de semana e feriados;
  • Proibição de aproximação e de acesso a embaixadas e consulados de países estrangeiros;
  • Proibição de manter contato com embaixadores ou autoridades estrangeiras;
  • Proibição de uso de redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros;
  • Proibição de manter contato com Eduardo Bolsonaro e investigados dos quatro núcleos da trama golpista.

Bolsonaro é réu no STF sob acusação de tentar dar um golpe de Estado no Brasil depois de perder as eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em 9 de julho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano) anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros dizendo que a medida foi decidida por causa de uma “perseguição” a Bolsonaro.

Trump exigiu o fim da “caça às bruxas” contra o aliado brasileiro. O governo Lula reagiu dizendo se tratar de uma interferência externa em processos legais de um país democrático.


Com informações da Agência Brasil.

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