O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), disse nesta 4ª feira que o país precisa adotar uma norma federal para o setor de inteligência artificial. Segundo o chefe da Casa Branca, o governo não pode deixar que leis estaduais impeçam os EUA de liderarem o setor de IA globalmente.
“Precisamos ter um padrão federal [para IA], e não regras em 15 Estados diferentes. Não podemos ter um Estado te segurando ou um governador louco que te odeia. Precisamos de uma norma federal sensata que substitua todos os Estados”, disse Trump em evento de inteligência artificial em Washington D.C.
Trump pregou necessidade de investir no setor para também impedir que Europa e Ásia criem regras contrárias aos interesses dos EUA. O republicano declarou que não permitirá que nenhuma nação estrangeira “derrote” os Estados Unidos com algoritmos.
“A América vai vencer. Seremos imparáveis. Estamos muito à frente, não podemos ter unidades menores individuais nos impedindo”, afirmou o chefe do Executivo norte-americano.
Ainda no discurso de abertura, Trump elogiou empresários e companhias do setor presentes na cúpula, como Nvidia, AMD e Palantir. Os chamou de “gênios da tecnologia” e afirmou que o Vale do Silício –região da Califórnia sede das principais empresas do setor nos EUA– é“o lugar mais brilhante do mundo”.
Trump pediu “patriotismo” e “lealdade nacional” ao Vale do Silício para colocar os “Estados Unidos em 1º lugar” –em referência ao slogan do governo “America First”.
Por outro lado, o presidente voltou a criticar as regras de emissão da Califórnia, derrubada pelo governo em junho. Classificou a norma como um “desastre” que prejudicou o setor automobilístico norte-americano. Trump é crítico do governador do Estado, o democrata Gavin Newson.
DECRETOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Trump assinou 3 decretos voltados para a regulação de setor de inteligência artificial nos Estados Unidos. O republicano antecipou o conteúdo no discurso em Washington.
O 1º decreto, intitulado AI Action Plan (Plano de Ação de IA), é voltado para construção e manutenção da infraestrutura “mais avançada e poderosa” no mundo. Segundo Trump, os EUA precisam de novos datacenters e fábricas de chips e semicondutores, tanto nos EUA quanto no exterior.
O 2º decreto traça a estratégia para tornar os EUA uma “potência de exportação de IA”, de acordo com o chefe da Casa Branca. “Howard Lutnick [secretário de Comércio] e Marco Rubio (secretário de Estado] trabalharão para expandir rapidamente a exportação americana de tipos de parede por IA”, declarou.
Já o último decreto reforça o plano do governo Trump de acabar com a política woke. O objetivo do texto é tornar a inteligência artificial “ideologicamente neutra”. O presidente afirmou que “EUA lidem apenas com a IA que trate da verdade, com justiça e imparcialidade”.