O atacante Deyverson, atual jogador do Fortaleza, entrou com ação trabalhista contra a SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Atlético-MG. O processo foi distribuído na 19ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte na 3ª feira (22.jul.2025). O valor da causa é R$ 1.504.928,90. As informações foram divulgadas pelo Globo Esporte.
Na documentação apresentada, o atleta reivindica o pagamento de R$ 919.833,83 em verbas rescisórias. Segundo o processo, esse montante deveria ter sido pago em 10 parcelas de R$ 91.983,38 cada.
Na 4ª feira (23.jul.2025), o juiz da 19ª Vara intimou a defesa do jogador para esclarecer alguns pontos dos pedidos, sob pena de indeferimento da ação.
O atacante defendeu o clube de agosto de 2024 a março de 2025. Durante sua passagem pelo clube mineiro, disputou 35 partidas e marcou 8 gols. Deyverson conquistou o Campeonato Mineiro de 2025 com o Atlético antes de se transferir para o Fortaleza.
A situação financeira do Atlético-MG é delicada. O clube encerrou 2024 com prejuízo de R$ 300 milhões. O balanço financeiro divulgado em maio deste ano mostra uma dívida total de R$ 1,8 bilhão.
Além da ação movida por Deyverson, o Atlético-MG enfrenta cobrança do Cuiabá. O clube mato-grossense exige aproximadamente R$ 4,5 milhões pela transferência do jogador realizada em 2024, em processo na CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas).
Em junho, Rafael Menin, um dos acionistas da SAF do Atlético, disse: “A gente deixou de pagar parcelas, deixamos de receber também R$ 24 milhões, a Arena demorou para ser reaberta. Atraso de salário, de imagem, teve um atraso menor, atrasou 10, 15 dias. Isso já aconteceu em 2023, 2022, 2021, o que a gente luta muito é para que não haja um acúmulo de atraso.”
Ricardo Guimarães, presidente do Conselho Deliberativo e acionista da SAF, convocou reunião para votar alteração na cláusula anti-diluição. Esta cláusula protege a associação do Atlético, que detém 25% da SAF, enquanto Rafael Menin, Rubens Menin, Ricardo Guimarães e outros investidores possuem 75%. Com a mudança proposta, a participação da associação poderia ser reduzida para 10% ou menos caso a SAF receba um aporte mínimo de R$ 200 milhões.