O número de cavalos mortos após o consumo de rações fabricadas pela empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda subiu para 284, segundo atualização divulgada na última quarta-feira (23) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A pasta informou ainda que foi revogada a decisão judicial que havia autorizado, de forma parcial, a retomada da produção e comercialização dos produtos da Nutratta. Com isso, volta a valer a suspensão cautelar imposta pelo próprio ministério, que proíbe a fabricação de rações para todas as espécies animais. A restrição seguirá em vigor até que a empresa comprove a correção de todas as irregularidades apontadas pela fiscalização — o que ainda não aconteceu.
As investigações conduzidas pelo Mapa indicam que a contaminação das rações ocorreu por falhas no controle da matéria-prima utilizada. Técnicos identificaram a presença de resíduos de plantas do gênero Crotalaria, conhecidas por conter substâncias altamente tóxicas para animais.
Esses componentes são proibidos na formulação de rações justamente por seus efeitos devastadores: são considerados hepatotóxicos, capazes de alterar o DNA celular e causar danos severos ao fígado dos animais. Os efeitos podem variar de acordo com a dose ingerida, o tempo de exposição e as condições fisiológicas de cada cavalo.
O ministério informou que ainda aguarda os resultados laboratoriais de análises em outros lotes de ração e também nas matérias-primas utilizadas. Os laudos serão determinantes para definir os próximos passos da investigação e eventuais responsabilizações.
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