A Azul recebeu autorização final da Justiça norte-americana para financiamento de US$ 1,6 bilhão na modalidade DIP (“devedor em posse”). A aprovação foi anunciada pela companhia aérea brasileira na 5ª feira (25.jul.2025). A empresa também protocolou acordo com a AerCap, arrendadora que representa a maior parte do seu passivo de arrendamento de aeronaves.
O financiamento permitirá que a Azul mantenha suas operações enquanto reestrutura suas finanças. A companhia está em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, buscando reorganizar suas dívidas e obrigações financeiras para garantir sua continuidade operacional.
O tribunal norte-americano que supervisiona o processo de recuperação judicial da empresa aprovou o mecanismo financeiro específico para companhias em reestruturação. Este financiamento DIP faz parte da estratégia da Azul para enfrentar suas dificuldades financeiras.
“Essa aprovação representa um avanço crucial no processo de reestruturação financeira da Azul, supervisionado pelo Tribunal, reforçando a capacidade da companhia de operar normalmente enquanto avança com seu plano de transformação acelerada”, destacou a empresa em comunicado oficial.
O acordo com a AerCap, que deverá ser avaliado na audiência da Azul marcada para 13 de agosto de 2025, pode trazer benefícios significativos para a companhia. “A expectativa é que somente esse acordo resulte em mais de US$ 1 bilhão em economia na operação da frota da Azul, segundo estimativas da companhia”, informou a Azul.
A empresa não divulgou detalhes específicos sobre a estruturação do financiamento ou as condições impostas pelos credores.
As ações da Azul Linhas Aéreas operaram em forte alta na 5ª feira (24.jul.2025), depois da divulgação dos dados operacionais de junho. Por volta das 11h30, os papéis subiam 8,94%, negociados a R$ 0,73.
Na 4ª feira (23.jul), a companhia aérea reportou receita líquida de R$ 1,64 bilhão em junho de 2025. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 420,4 milhões, com margem de 25,6%. Eis a íntegra do relaório (PDF – 226 kB).
Os dados foram apresentados ao Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York, nos Estados Unidos, como parte das exigências do processo de recuperação judicial (Chapter 11) conduzido pela companhia no país.