Em uma decisão controversa em 10 de julho, um tribunal de apelações anulou as condenações por difamação de duas mulheres que espalharam alegações de que a primeira-dama francesa Brigitte Macron era um homem.
Brigitte Macron, sem se deixar abater pelo revés, anunciou na segunda-feira, 14 de julho, que levará o caso ao mais alto tribunal de apelações da França, o Tribunal de Cassação, de acordo com seu advogado.
A saga gira em torno de antigos rumores nas redes sociais questionando o gênero da primeira-dama de 72 anos, frequentemente associados a críticas à sua diferença de idade de 24 anos em relação ao presidente Emmanuel Macron.
Em dezembro de 2021, Brigitte Macron iniciou um processo de difamação contra Amandine Roy, uma autoproclamada médium espiritual, e Natacha Rey, que se autodenomina jornalista independente.
O vídeo de quatro horas da dupla no YouTube alegou uma grande “mentira de estado” e “golpe”, alegando que Brigitte era originalmente Jean-Michel Trogneux, que havia passado por uma cirurgia de transição de gênero antes de se casar com o presidente.
O conteúdo, que incluía supostos detalhes sobre questões familiares e cirurgias, explodiu em popularidade, repercutindo até mesmo nos tabloides dos EUA.
Inicialmente, em setembro do ano passado, um tribunal inferior decidiu a favor de Macron, exigindo que as mulheres pagassem € 8.000 em danos. Mas o tribunal de apelações reverteu a decisão na última quinta-feira, considerando as ações das rés como feitas de “boa-fé”, apesar de sua imprecisão, isentando assim todas as penalidades.
Este último recurso ao Tribunal de Cassação sinaliza a determinação de Brigitte Macron em responsabilizar os propagadores desses boatos. Enquanto isso, a primeira-dama continua travando batalhas jurídicas contra seus supostos assediadores: quatro homens, incluindo o assessor de imprensa do Facebook Aurélien Poirson-Atlan (conhecido como “Zoé Sagan” online), serão julgados em Paris em outubro, sob a acusação de tortura seletiva.
Essas campanhas de desinformação de gênero são parte de uma tendência mais ampla que afeta mulheres famosas, com ataques infundados semelhantes dirigidos contra figuras como a ex-primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, a vice-presidente Kamala Harris e a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, levantando preocupações sobre a erosão da verdade no discurso público.
No final, enquanto Brigitte Macron arrasta esse circo para a corte máxima da França, não podemos deixar de rir do efeito Streisand transformando isso em um espetáculo nacional.
Talvez se ela se concentrasse menos em processar médiuns e mais em explicar por que seu marido parece estar namorando a ex-professora (ele está), essas “mentiras de Estado” não continuariam se transformando em entretenimento sem fim para o resto de nós, céticos. Viva a farsa!
O post BRIGITTE MACRON: O DRAMA DA DIFAMAÇÃO TRANSGÊNERO VAI PARA A SUPREMA CORTE DA FRANÇA apareceu primeiro em Planeta Prisão.