Febre do “Morango do Amor” provoca filas, desmaios e alta de preços pelo Brasil

Em Cuiabá, capital do Mato Grosso, uma mulher passou mal na terça-feira (22) enquanto aguardava na fila de um dos pontos mais movimentados de venda do doce conhecido como “Morango do Amor”. Segundo testemunhas, ela apresentava sinais de ansiedade durante a espera e, sob o forte calor da cidade, desmaiou após se apoiar em um corrimão. Populares prestaram os primeiros socorros até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que a encaminhou para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). De acordo com equipes médicas, o estado de saúde da mulher foi classificado como estável.

O “Morango do Amor”, que viralizou nas redes sociais em julho de 2025, consiste em morangos envoltos em brigadeiro branco, geralmente à base de leite em pó, e cobertos por uma camada crocante de calda de açúcar vermelha, inspirada na tradicional maçã do amor. A popularidade do doce tem gerado longas filas, aglomerações e esgotamento de estoques em poucos minutos em diversas confeitarias pelo Brasil. Em Cuiabá, o calor intenso tem agravado a situação para os consumidores que enfrentam esperas de até 40 minutos.

Casos semelhantes foram registrados em outras cidades. Em Araxá, no interior de Minas Gerais, e em Maceió, capital de Alagoas, mulheres relataram sintomas como tremores, falta de ar e choro, associados à ansiedade e ao calor durante a espera pelo doce. Em Maceió, uma mulher passou mal antes mesmo de receber a entrega do produto em seu bairro, sendo encaminhada a uma UPA. Segundo informações, ela passa bem. Não há registros de que o mal-estar esteja relacionado ao consumo do doce, mas sim às condições externas, como o calor e o estresse da espera.

No Espírito Santo, a febre do “Morango do Amor” também transformou a rotina de confeitarias. Em Vila Velha e na Serra, na Grande Vitória, o doce provocou filas e levou algumas lojas a interromperem a produção de outros doces para focar exclusivamente no bombom. Duas docerias chegaram ao extremo de fechar as portas por um dia para dedicar a produção apenas ao “Morango do Amor”. Millena Moreira, de 26 anos, dona de uma loja no bairro Alecrim, em Vila Velha, relatou ao G1 que a produção saltou de 400 para 800 unidades por dia. “Nesta terça, nem abri a loja para focar na produção de amanhã. Tá uma loucura!”, afirmou.

O sucesso do doce também impactou os preços. Aqui em Belém, a bandeja do Morango já é encontrada por até R$ 30 em alguns estabelecimentos. No Espírito Santo, o preço do morango in natura disparou, com aumento de quase 40% devido à alta demanda pelo ingrediente principal do bombom.

Apesar da popularidade, o doce também gerou momentos de humor nas redes sociais, com receitas que deram errado virando memes, como o “Morango do Diabo” e comparações com “pedras de vesícula”. Ainda assim, a febre do “Morango do Amor” segue em alta, movimentando confeitarias e desafiando a paciência dos consumidores em meio a filas, calor e ansiedade.

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