O saldo do IDP (Investimento Direto no País) somou US$ 33,8 bilhões no 1º semestre de 2025. Esse valor representa uma queda de 10,7% em relação ao mesmo período de 2024. Também foi a menor entrada líquida de recursos no Brasil desde 2021.
O BC (Banco Central) divulgou o resultado nesta 6ª feira (25.jul.2025). Eis a íntegra do relatório (PDF – 387 kB).
Diferentemente da entrada de recursos estrangeiros na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), o investimento direto mostra o saldo de entrada e saída de capital voltado para ganhos de longo prazo na economia real, como atividades empresariais, negócios, abertura de filiais de multinacionais e obras de infraestrutura.
O indicador é influenciado por fatores externos, como a incerteza geopolítica e os juros internacionais, e internos, como a estabilidade macroeconômica e o ambiente regulatório. O desempenho depende também das estratégias globais das empresas multinacionais.
Em junho, o saldo do IDP foi de US$ 2,8 bilhões, com queda de 55,2% em relação ao mesmo mês de 2024. O valor não foi suficiente para compensar o deficit nas transações correntes das contas externas, que somou US$ 5,1 bilhões em junho.
O Banco Central disse que o saldo de US$ 2,8 bilhões em junho foi influenciado pelos seguintes fatores:
- Entrada líquida em participação no capital de US$ 6,4 bilhões; e
- Saída líquida em operações intercompanhia de US$ 3,6 bilhões.
ACUMULADO DE 1 ANO
O saldo do IDP acumulado em 12 meses até junho somou US$ 67,0 bilhões, o que corresponde a 3,14% do PIB. Em maio de 2025, havia sido de US$ 70,5 bilhões (ou 3,31% do PIB). Há 1 ano, era de US$ 64,9 bilhões, ou 2,87% do PIB.