Jackson Renei Aquino de Souza, servidor da Assembleia Legislativa de Roraima e corretor de imóveis, recebeu R$ 2,45 milhões via PIX de empresas ligadas a ataques hackers
Foto Divulgação Redes Sociais
A Polícia Federal prendeu em flagrante o assessor parlamentar Jackson Renei Aquino de Souza, de 38 anos, com R$ 700 mil em espécie, após o Banco Central alertar sobre movimentações financeiras atípicas em sua conta. As transações somavam R$ 2,45 milhões e partiram de duas empresas investigadas por envolvimento em ataques cibernéticos contra instituições financeiras.
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O alerta do Banco Central levou a Polícia Federal a abrir uma investigação sobre Jackson Renei Aquino de Souza, que trabalha como assessor na Assembleia Legislativa de Roraima (Ale-RR) e também atua como corretor de imóveis. A movimentação financeira suspeita levantou suspeitas de lavagem de dinheiro e possível envolvimento em crimes cibernéticos.
Segundo relatório da autoridade monetária, as quantias foram recebidas via transferências PIX de duas empresas já identificadas por participação em um esquema de ataques hackers contra instituições financeiras. A origem ilícita dos recursos motivou diligências imediatas da PF, que localizaram Jackson com R$ 700 mil em espécie, sem justificativa legal para a posse da quantia.
Jackson foi preso em flagrante por suspeita de lavagem de dinheiro, associação criminosa e possível conivência com organizações especializadas em fraudes bancárias digitais. A PF investiga se ele apenas recebeu os valores ou se tinha algum tipo de envolvimento mais profundo com os operadores dos ataques.
Fontes da investigação apontam que o assessor pode ter atuado como “laranja” no esquema, utilizando sua conta pessoal para movimentar os valores de origem criminosa. A Assembleia Legislativa de Roraima ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso, mas servidores ouvidos sob condição de anonimato afirmam que Jackson exercia cargo de confiança.
Segundo a PF, as transferências foram as seguintes:
- R$ 1,85 milhão da SIS Pagamentos e Serviços, de Curitiba (PR);
- R$ 600 mil da Bank Ben Pagamentos Ltda, de Gravataí (RS).
O material apreendido – que inclui o dinheiro, dispositivos eletrônicos e documentos – será periciado. A Polícia Federal continua com as investigações para rastrear os demais envolvidos, identificar o caminho do dinheiro e esclarecer o papel exato do assessor no esquema.
Jackson Renei permanece à disposição da Justiça Federal e pode responder por crimes cujas penas somadas ultrapassam 15 anos de reclusão.