Ainda sem os efeitos do tarifaço dos EUA, a balança comercial de São Paulo teve deficit de US$ 5,87 bilhões no 1º semestre de 2025. As exportações do Estado no período totalizaram US$ 36,48 bilhões, enquanto as importações atingiram US$ 42,35 bilhões.
Segundo levantamento do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a tendência é que o saldo negativo se agrave ainda mais com as taxas norte-americanas de 50% sobre as importações brasileiras que entram em vigor em 1º de agosto.
Dados do Ciesp (Centro das Indústrias de São Paulo) compilados pela Fiesp mostram que as exportações de 33 das 39 regiões produtivas do Estado tiveram os EUA como um dos 3 principais destinos nos primeiros 6 meses do ano. Em 13 dessas regiões, o país norte-americano aparece como o maior comprador.
Além de serem destino das exportações de quase todo o Estado de São Paulo, os EUA também estão entre os 3 principais fornecedores de 32 das 39 regiões avaliadas no levantamento.
Foram consideradas informações das balanças comerciais de 38 diretorias regionais da Ciesp e da cidade de São Paulo.
ORIGENS
De acordo com o levantamento, as 13 regiões paulistas que tiveram os EUA como principal comprador no 1º semestre são Araraquara, Bragança Paulista, Campinas, Guarulhos, Limeira, Mogi das Cruzes, Piracicaba, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santa Bárbara d’Oeste, Santo André, São Carlos e São José dos Campos.
Já as 6 que não tiveram o país norte-americano entre os principais destinos dos seus produtos são Araçatuba, Bauru, Franca, Limeira, Santa Bárbara D’Oeste e São Bernardo do Campo.
PRINCIPAIS PRODUTOS
As mercadorias paulistas mais procuradas pelos EUA nos 6 primeiros meses de 2025 foram máquinas, aparelhos, instrumentos mecânicos, combustíveis minerais, açúcares, produtos de confeitaria, sementes, frutos oleaginosos, automóveis e tratores.
Os itens que o Estado mais importou da indústria norte-americana no período foram produtos farmacêuticos, instrumentos e aparelhos de óptica, plásticos, peixes, crustáceos e produtos químicos orgânicos.