Manifestantes vão cercar embaixadas dos EUA no dia 1º de agosto em defesa da soberania brasileira: “Não aceitaremos humilhação imperialista!”
A União Nacional dos Estudantes (UNE) convocou uma jornada nacional de manifestações para o dia 1º de agosto, em repúdio ao aumento das tarifas imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. A entidade orienta que os participantes compareçam vestindo verde e amarelo como forma de afirmar a defesa da soberania nacional frente à ofensiva comercial norte-americana.
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Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, publicada na Folha de S.Paulo, o movimento pretende organizar atos em todas as capitais do país, com foco em embaixadas e escritórios comerciais dos EUA. Em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Recife e Belo Horizonte, os estudantes esperam reunir milhares de pessoas em frente a sedes diplomáticas para denunciar o que consideram uma “agressão econômica” ao Brasil.
A ofensiva da gestão Trump, que impôs tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, vem gerando forte reação entre setores sociais, acadêmicos e empresariais. A UNE classifica a medida como “inaceitável” e afirma que os estudantes estarão nas ruas “em defesa do Brasil, da educação e da autodeterminação do povo brasileiro”.
“Querem nos dobrar economicamente para tomar nossos recursos estratégicos. Mas não aceitaremos passivamente. Vamos às ruas com as cores do Brasil mostrar que o país tem dono: o povo brasileiro”, diz a nota oficial da UNE.
A convocação amplia o clima de tensão diplomática entre o governo dos EUA e o Brasil, que já vinha se agravando após falas de Donald Trump sobre minerais estratégicos brasileiros e a aplicação de sanções unilaterais contra autoridades do STF.
A UNE também articula com outras entidades estudantis, sindicatos e movimentos sociais para ampliar a mobilização. Nas redes, a campanha ganhou a hashtag #SoberaniaNãoSeNegocia, com vídeos de estudantes convocando os atos.
A expectativa é que o dia 1º de agosto marque a maior mobilização estudantil desde o retorno de Lula à Presidência, com atos pacíficos, mas firmes em sua mensagem: o Brasil não aceitará imposições externas que prejudiquem sua economia e sua autonomia.