EUA afirmam ter matado líder do Estado Islâmico na Síria

As forças do Centcom (Comando Central) dos Estados Unidos afirmam ter matado um líder do Estado Islâmico (EI), na região de Aleppo, na Síria.

Segundo a Al Jazeera, Dhiya Zawba Muslih al-Hardani morreu junto com os seus 2 filhos adultos, Abdallah Dhiya al-Hardani e Abd al-Rahman Dhiya Zawba al-Hardani, também filiados ao grupo jihadista, durante um ataque na 6ª feira (25.jul.2025).

“Continuaremos a perseguir implacavelmente os terroristas do Isis onde quer que estejam. Os terroristas do Isis não estão seguros onde dormem, onde operam e onde se escondem. Ao lado de nossos parceiros e aliados, o Comando Central dos EUA está comprometido com a derrota duradoura dos terroristas do Isis que ameaçam a região, nossos aliados e nossa pátria”, declarou o General Michael Erik Kurilla, comandante do Centcom dos EUA, em nota oficial.

No final de maio, o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por um ataque ao exército sírio, representando o 1º ataque do grupo armado contra forças governamentais desde a queda de Bashar al-Assad, em dezembro de 2024. O Estado Islâmico, que considera o novo governo em Damasco liderado pelo presidente Ahemd al-Sharaa como ilegítimo, até agora concentrou suas atividades contra as forças curdas no norte.

Em abril, o Pentágono anunciou a redução pela metade do número de tropas norte-americanas na Síria. Os EUA mantêm atualmente cerca de 2.000 soldados no país —principalmente na região nordeste— que colaboram com forças locais para impedir o ressurgimento do Estado Islâmico.

A redução de tropas representa uma mudança significativa na política norte-americana para a Síria, onde forças dos EUA estão presentes desde 2015 como parte da coalizão internacional contra o Estado Islâmico.

Desde a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria, em dezembro de 2024, o país é governado por Ahmed al-Sharaa. No auge de suas ações, o grupo extremista controlava vastas áreas do Iraque e da Síria, mas sofreu derrotas militares e perdeu seu último território em março de 2019.

Analistas de segurança consideram que, apesar da perda territorial, o Estado Islâmico ainda representa uma ameaça como movimento insurgente, com milhares de combatentes operando em células clandestinas em ambos os países.