Advogado alegará problemas de saúde e condição de exilada política para reverter manutenção da prisão
Brasília – A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), foi presa na tarde desta terça-feira (29), às 16h40 (horário de Brasília) após se entregar as autoridades italianas. Licenciada do mandato, “a deputada não poderia dar entrada no pedido de revisão de extradição sem comparecer diante das autoridades italianas”, declarou há pouco seu advogado, Fábio Pagnozzi.
“A parlamentar informará o seu endereço, alegará que não é foragida e vai solicitar que não seja deportada para o Brasil”, disse o advogado.
A informação conflita com a inclusão da deputada na lista de difusão vermelha de procurados da Interpol, na qual foi incluída, a pedido do Ministério da Justiça do Brasil, no último dia 5 de junho.
Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos, em 2023.
Ainda segundo a sua defesa, será apresentado documentos que testam os problemas de saúde da parlamentar, e sua cidadania italiana.
Angelo Bonelli, deputado italiano, teria sido o delator de Zambelli. Ele postou em sua conta numa rede social que foi ele quem entregou o endereço do apartamento da deputada aos agentes policiais que a prenderam posteriormente.
Rita Zambelli, mãe da deputada, enviou carta à primeira-ministra Giogia Meloni, explicando a situação da filha. Problemas de saúde, perseguição política e por ter dupla cidadania, apelando que o processo de extradição não seja aceito pelo governo italiano.
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), declarou que falou com o advogado de Zambelli e o partido está prestando solidariedade a correligionária que “sofre perseguição política no Brasil”, disse.
Reportagem: Val-André Mutran é repórter especial para o Portal Ver-o-Fato e está sediado em Brasília.
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